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iPhone 16: linha 'mais barata' traz melhores mudanças em anos; veja review

Do Guia de Compras UOL

24/10/2024 05h30

O iPhone 16 e o iPhone 16 Plus, lançados em setembro pela Apple, chamaram a minha atenção por oferecem muitos dos recursos avançados vistos também na linha iPhone 16 Pro. E o melhor: custar menos. É um celular criado para atrair quem tira fotos profissionais ou amadoras, e ainda entusiastas de inteligência artificial (ainda que várias funções só devam funcionar em português em 2025).

Testei o modelo 16 Plus, com tela de 6,7 polegadas, por quase 30 dias e cheguei à conclusão de que é uma das melhores atualizações da linha "mais barata" em anos, comparada aos irmãos Pro.

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Nossos testes

O iPhone 16 Plus chegou ao Brasil a partir de R$ 9.499 (preço cheio nos canais da Apple; já pode ser encontrado com descontos nos varejistas) nas opções de cores ultramarino — a do review —, verde-acinzentado, rosa, branco e preto.

Imagem: Divulgação/Apple

Ele é basicamente uma versão com tela e bateria maiores do iPhone 16 (custa a partir de R$ 7.799 parcelado). Nos últimos 24 dias usei o modelo para:

  1. Testes gerais, como usabilidade dos novos sensores e botões, explorando recursos de câmeras e desempenho (editar imagens com o sistema nativo do celular e jogos, por exemplo).
  2. Coberturas de eventos e uso mais intenso do aparelho. Envolveu a utilização das câmeras para registro em fotos e vídeos; do gravador de áudio do telefone; editor de imagens nativo do celular; bloco de notas e Google Docs para a produção matérias em texto; WhatsApp e Microsoft Teams para comunicação da equipe; e do editor de imagens CapCut.
  3. Rotinas do dia a dia de trabalho. Uso menos intenso, para situações pontuais, como e-mails, chamadas de vídeo, aplicativos corporativos e de produtividade, redes sociais e serviços de mensagens.
  4. Entretenimento. Intercalando com todos os exemplos de rotinas acima, com redes sociais, streaming de música, vídeos e livro digital.

O que mais gostamos

Tela segue com ótima qualidade: o painel de 6,7 polegadas permanece muito bom para vídeos, edição de imagens e jogos. Devido ao sistema operacional iOS 18, agora dá para customizar a tela dos iPhones com aplicativos posicionados em diferentes pontos do painel. Dá ainda para mudar a cor dos programas.

Isso não se restringe apenas ao iPhone 16 Plus, todos os compatíveis funcionam. E uma dica extra: é possível proteger os apps que você deseja para que eles só abram após confirmação do seu rosto, pelo reconhecimento biométrico.

Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL

Funciona como se tivesse quatro câmeras: o iPhone 16 e o iPhone 16 Plus têm duas lentes traseiras que conseguem conseguem capturar imagens em modos variados sem precisar de mais sensores, como o modo macro, para tirar fotos de objetos bem perto da lente, como detalhes de uma flor.

O conjunto se divide em:

  • Principal: 48 MP (megapixels), abertura f/1.6. Consegue produzir imagens com 12MP, 24MP ou 48MP.
  • Ultra-angular: 12 MP, abertura f/2.2, campo de visão de 120°, com modo macro.
Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL
Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL
Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL

Na prática, você pode tirar foto com as distâncias:

0,5x para um campo de visão maior, capturando mais elementos.

Imagem: UOL

1x para as fotos mais tradicionais.

Imagem: UOL

2x como primeira opção de zoom óptico, que dá uma aproximada nos elementos da cena.

2x Imagem: UOL

10x é o zoom máximo, que une o digital e o óptico.

Imagem: UOL

Estilos fotográficos permite maior personalização para as fotos. Uma atualização interessante envolve as novas opções de ajustes envolvendo padrões de tons, cores e brilho das imagens. Segundo a Apple, eles identificam melhor peles com tons diferentes.

Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL

Você configura isso antes da foto e, se quiser, também consegue mudar tudo depois da foto tirada. Abaixo dois exemplos desse recurso.

Estilo fotográfico modo Estéreo Imagem: UOL
Estilo fotográfico modo Ouro Rosa Imagem: UOL

Processador novo e criado para rodar futuros recursos de inteligência artificial da Apple: o iPhone 16 Plus e o irmão iPhone 16 contam com o chip A18, lançado em 2024, e mais memória RAM. Isso é um ponto positivo, pois no passado a gente já viu a Apple usar um processador do ano anterior para equipar as versões não Pro de seus iPhones.

A qualidade dos processadores da empresa é inegável, e isso se reproduziu no 16 Plus testado. E pensando que mais e mais recursos com inteligência artificial serão lançados nos próximos anos, o fato de o telefone usar um chip novo e já construído para aguentar esse tranco é algo interessante.

Não vou falar que é surpreendente, pois isso é o mínimo que a gente espera pelo preço de um iPhone. Mas eu gostei de os lançamentos terem uma tecnologia avançada. É vantajoso se você pretende ficar com o seu iPhone uns bons anos antes de trocar por outro.

Novo sensor para controlar a câmera me deixou dividida: ele serve pra abrir a câmera, tirar fotos, iniciar uma gravação de vídeo, controlar o zoom, a profundidade de campo e entre outras funções. Ele fica localizado na lateral direita.

Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL

A Apple diz que não é bem um botão, mas um sensor com resposta tátil que dá a sensação do clique. Você pode apertar, pressionar e deslizar o dedo para que ele execute o que você quer. Mas, assim, no dia a dia tudo bem acabar chamando de botão para facilitar.

Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL

Funciona assim:

  • Você tem que apertar uma vez para câmera abrir.
  • E aperta novamente para o iPhone tirar uma foto.
  • Pressionando o sensor duas vezes, sem apertar e com um gesto mais suave, opções como zoom, exposição (aumentando ou diminuindo para que tudo fique mais iluminado ou mais escuro), profundidade (aquele efeito de fundo desfocado) e definição de estilos se abrem. Em cada uma, é só deslizar o dedo para escolher o que deseja.

Não acho que a compra do novo iPhone 16 deva ser feita apenas por esse novo sensor. Pelo contrário, no dia a dia talvez você nem use tanto assim. Mas, considerando futuros usos, aí ele já começa a ficar mais atrativo para mim. Ele pode se tornar uma porta de entrada para inteligência artificial da empresa.

A Apple promete que ele poderá ser usado para acionar funções de IA, como apontar o iPhone para um objeto e o celular retornar com informações sobre ele na tela.

Botão de Ação para ativar diferentes funções: seguindo a linha do iPhone 15 Pro, existe agora um botão customizável no lugar da chavinha lateral que servia para ativar ou desativar o modo silencioso. É possível personalizá-lo para:

  • Ligar a lanterna.
  • Abrir a câmera.
  • Traduzir coisas.
  • Abrir um app específico (como o de uma rede social).

Bateria melhorou: na maioria das vezes, ela chegou ao final do dia com uns 20%, 30% de sobra após eu sair de casa com ela em 100% perto das 7h. Então é meio que assim: a bateria não durou muito mais do que os modelos do ano passado. Mas ela também não deve acabar tão rápido quando as funções de IA chegarem.

Internamente, a empresa mudou a estrutura do telefone para acomodar uma bateria maior. Ela ainda foi otimizada para ter melhor rendimento com o uso mais frequente dos futuros recursos de IA integrados ao smartphone, que tendem sim a consumir mais bateria.

Pontos de atenção

Apple Intelligence ainda não entende português e não tem nada oficial de quando isso acontecerá. O conjunto de recursos com inteligência artificial da Apple nesse primeiro momento compreende, fala e escreve inglês dos Estados Unidos. No Brasil, a previsão é de que ela seja lançada em algum momento de 2025.

Com essa IA será possível, por exemplo, fazer o iPhone revisar textos, mudar o tom de uma mensagem de e-mail para um modo mais formal, apagar objetos de uma foto já tirada e transcrever chamadas de telefone.

Tela com tecnologia menos avançada do que concorrentes: a taxa de atualização dos iPhones 16 Pro e 16 Pro Max é de 120 Hz, índice que representa a velocidade com que a imagem é atualizada nessa tela, simplificando bem aqui. Isso oferece uma transição de imagens e animações mais fluidas. O iPhone 16 Plus tem uma taxa até 60 Hz, um valor menor.

Na prática não significa que a tela seja ruim. Mas o mínimo que a gente espera é que um iPhone na casa dos R$ 9 mil venha com o máximo de recursos possível.

A usabilidade do controle de câmera tem seus pontos ruins: achei mais fácil e confortável usar novo sensor com o iPhone na horizontal, e segurando com as duas mãos. Na vertical tive dificuldade algumas vezes com o deslizar dos dedos para acionar alguma coisa. Eu tentava, tentava e não acontecia o que eu queria. Não é um sensor criado para ser utilizado na vertical em sua essência.

Preço ainda é alto: o iPhone 16 Plus custa a partir de R$ 8.549 à vista. E o iPhone 16, que é bem parecido com ele, mas com uma tela menor, é vendido a partir de R$ 7.019 à vista. É um investimento bem alto, não tem como negar.

Quem pode gostar

Considerando as especificações técnicas dos quatro modelos lançados pela Apple neste ano, as versões 16 e 16 Plus ganham pontos pelo melhor custo-benefício. E, após testar o segundo modelo, pude comprovar.

São celulares que reúnem recursos avançados e também vistos no 16 Pro e 16 Pro Max. Se você tem o iPhone 15 Plus, não deve sentir tanto as mudanças.

Mas do iPhone 13 para trás a troca é vantajosa para quem precisa de um telefone com câmeras melhores, processador ainda mais rápido e bateria maior.

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