iPhone 16: linha 'mais barata' traz melhores mudanças em anos; veja review
O iPhone 16 e o iPhone 16 Plus, lançados em setembro pela Apple, chamaram a minha atenção por oferecem muitos dos recursos avançados vistos também na linha iPhone 16 Pro. E o melhor: custar menos. É um celular criado para atrair quem tira fotos profissionais ou amadoras, e ainda entusiastas de inteligência artificial (ainda que várias funções só devam funcionar em português em 2025).
Testei o modelo 16 Plus, com tela de 6,7 polegadas, por quase 30 dias e cheguei à conclusão de que é uma das melhores atualizações da linha "mais barata" em anos, comparada aos irmãos Pro.
Nossos testes
O iPhone 16 Plus chegou ao Brasil a partir de R$ 9.499 (preço cheio nos canais da Apple; já pode ser encontrado com descontos nos varejistas) nas opções de cores ultramarino — a do review —, verde-acinzentado, rosa, branco e preto.
Ele é basicamente uma versão com tela e bateria maiores do iPhone 16 (custa a partir de R$ 7.799 parcelado). Nos últimos 24 dias usei o modelo para:
- Testes gerais, como usabilidade dos novos sensores e botões, explorando recursos de câmeras e desempenho (editar imagens com o sistema nativo do celular e jogos, por exemplo).
- Coberturas de eventos e uso mais intenso do aparelho. Envolveu a utilização das câmeras para registro em fotos e vídeos; do gravador de áudio do telefone; editor de imagens nativo do celular; bloco de notas e Google Docs para a produção matérias em texto; WhatsApp e Microsoft Teams para comunicação da equipe; e do editor de imagens CapCut.
- Rotinas do dia a dia de trabalho. Uso menos intenso, para situações pontuais, como e-mails, chamadas de vídeo, aplicativos corporativos e de produtividade, redes sociais e serviços de mensagens.
- Entretenimento. Intercalando com todos os exemplos de rotinas acima, com redes sociais, streaming de música, vídeos e livro digital.
O que mais gostamos
Tela segue com ótima qualidade: o painel de 6,7 polegadas permanece muito bom para vídeos, edição de imagens e jogos. Devido ao sistema operacional iOS 18, agora dá para customizar a tela dos iPhones com aplicativos posicionados em diferentes pontos do painel. Dá ainda para mudar a cor dos programas.
Isso não se restringe apenas ao iPhone 16 Plus, todos os compatíveis funcionam. E uma dica extra: é possível proteger os apps que você deseja para que eles só abram após confirmação do seu rosto, pelo reconhecimento biométrico.
Funciona como se tivesse quatro câmeras: o iPhone 16 e o iPhone 16 Plus têm duas lentes traseiras que conseguem conseguem capturar imagens em modos variados sem precisar de mais sensores, como o modo macro, para tirar fotos de objetos bem perto da lente, como detalhes de uma flor.
O conjunto se divide em:
- Principal: 48 MP (megapixels), abertura f/1.6. Consegue produzir imagens com 12MP, 24MP ou 48MP.
- Ultra-angular: 12 MP, abertura f/2.2, campo de visão de 120°, com modo macro.
Na prática, você pode tirar foto com as distâncias:
0,5x para um campo de visão maior, capturando mais elementos.
1x para as fotos mais tradicionais.
2x como primeira opção de zoom óptico, que dá uma aproximada nos elementos da cena.
10x é o zoom máximo, que une o digital e o óptico.
Estilos fotográficos permite maior personalização para as fotos. Uma atualização interessante envolve as novas opções de ajustes envolvendo padrões de tons, cores e brilho das imagens. Segundo a Apple, eles identificam melhor peles com tons diferentes.
Você configura isso antes da foto e, se quiser, também consegue mudar tudo depois da foto tirada. Abaixo dois exemplos desse recurso.
Processador novo e criado para rodar futuros recursos de inteligência artificial da Apple: o iPhone 16 Plus e o irmão iPhone 16 contam com o chip A18, lançado em 2024, e mais memória RAM. Isso é um ponto positivo, pois no passado a gente já viu a Apple usar um processador do ano anterior para equipar as versões não Pro de seus iPhones.
A qualidade dos processadores da empresa é inegável, e isso se reproduziu no 16 Plus testado. E pensando que mais e mais recursos com inteligência artificial serão lançados nos próximos anos, o fato de o telefone usar um chip novo e já construído para aguentar esse tranco é algo interessante.
Não vou falar que é surpreendente, pois isso é o mínimo que a gente espera pelo preço de um iPhone. Mas eu gostei de os lançamentos terem uma tecnologia avançada. É vantajoso se você pretende ficar com o seu iPhone uns bons anos antes de trocar por outro.
Novo sensor para controlar a câmera me deixou dividida: ele serve pra abrir a câmera, tirar fotos, iniciar uma gravação de vídeo, controlar o zoom, a profundidade de campo e entre outras funções. Ele fica localizado na lateral direita.
A Apple diz que não é bem um botão, mas um sensor com resposta tátil que dá a sensação do clique. Você pode apertar, pressionar e deslizar o dedo para que ele execute o que você quer. Mas, assim, no dia a dia tudo bem acabar chamando de botão para facilitar.
Funciona assim:
- Você tem que apertar uma vez para câmera abrir.
- E aperta novamente para o iPhone tirar uma foto.
- Pressionando o sensor duas vezes, sem apertar e com um gesto mais suave, opções como zoom, exposição (aumentando ou diminuindo para que tudo fique mais iluminado ou mais escuro), profundidade (aquele efeito de fundo desfocado) e definição de estilos se abrem. Em cada uma, é só deslizar o dedo para escolher o que deseja.
Não acho que a compra do novo iPhone 16 deva ser feita apenas por esse novo sensor. Pelo contrário, no dia a dia talvez você nem use tanto assim. Mas, considerando futuros usos, aí ele já começa a ficar mais atrativo para mim. Ele pode se tornar uma porta de entrada para inteligência artificial da empresa.
A Apple promete que ele poderá ser usado para acionar funções de IA, como apontar o iPhone para um objeto e o celular retornar com informações sobre ele na tela.
Botão de Ação para ativar diferentes funções: seguindo a linha do iPhone 15 Pro, existe agora um botão customizável no lugar da chavinha lateral que servia para ativar ou desativar o modo silencioso. É possível personalizá-lo para:
- Ligar a lanterna.
- Abrir a câmera.
- Traduzir coisas.
- Abrir um app específico (como o de uma rede social).
Bateria melhorou: na maioria das vezes, ela chegou ao final do dia com uns 20%, 30% de sobra após eu sair de casa com ela em 100% perto das 7h. Então é meio que assim: a bateria não durou muito mais do que os modelos do ano passado. Mas ela também não deve acabar tão rápido quando as funções de IA chegarem.
Internamente, a empresa mudou a estrutura do telefone para acomodar uma bateria maior. Ela ainda foi otimizada para ter melhor rendimento com o uso mais frequente dos futuros recursos de IA integrados ao smartphone, que tendem sim a consumir mais bateria.
Pontos de atenção
Apple Intelligence ainda não entende português e não tem nada oficial de quando isso acontecerá. O conjunto de recursos com inteligência artificial da Apple nesse primeiro momento compreende, fala e escreve inglês dos Estados Unidos. No Brasil, a previsão é de que ela seja lançada em algum momento de 2025.
Com essa IA será possível, por exemplo, fazer o iPhone revisar textos, mudar o tom de uma mensagem de e-mail para um modo mais formal, apagar objetos de uma foto já tirada e transcrever chamadas de telefone.
Tela com tecnologia menos avançada do que concorrentes: a taxa de atualização dos iPhones 16 Pro e 16 Pro Max é de 120 Hz, índice que representa a velocidade com que a imagem é atualizada nessa tela, simplificando bem aqui. Isso oferece uma transição de imagens e animações mais fluidas. O iPhone 16 Plus tem uma taxa até 60 Hz, um valor menor.
Na prática não significa que a tela seja ruim. Mas o mínimo que a gente espera é que um iPhone na casa dos R$ 9 mil venha com o máximo de recursos possível.
A usabilidade do controle de câmera tem seus pontos ruins: achei mais fácil e confortável usar novo sensor com o iPhone na horizontal, e segurando com as duas mãos. Na vertical tive dificuldade algumas vezes com o deslizar dos dedos para acionar alguma coisa. Eu tentava, tentava e não acontecia o que eu queria. Não é um sensor criado para ser utilizado na vertical em sua essência.
Preço ainda é alto: o iPhone 16 Plus custa a partir de R$ 8.549 à vista. E o iPhone 16, que é bem parecido com ele, mas com uma tela menor, é vendido a partir de R$ 7.019 à vista. É um investimento bem alto, não tem como negar.
Quem pode gostar
Considerando as especificações técnicas dos quatro modelos lançados pela Apple neste ano, as versões 16 e 16 Plus ganham pontos pelo melhor custo-benefício. E, após testar o segundo modelo, pude comprovar.
São celulares que reúnem recursos avançados e também vistos no 16 Pro e 16 Pro Max. Se você tem o iPhone 15 Plus, não deve sentir tanto as mudanças.
Mas do iPhone 13 para trás a troca é vantajosa para quem precisa de um telefone com câmeras melhores, processador ainda mais rápido e bateria maior.
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@guiadecompras_uol ?O Apple Pencil Pro é o novo dispositivo da Apple para escrever, desenhar e acionar comandos na tela iPad. O lápis inteligente (ou caneta, como alguns o chamam) tem um sensor que reconhece o movimento de apertar dos dedos. Com isso, o usuário pode alternar, por exemplo, a espessura da linha que irá desenhar. Confira a reportagem completa no Guia de Compras UOL, link na bio. #apple #applepencil #applepro #appleipad #TikTokMadeMeBult #review #techtok #technology #guiadecomprasUOL ? som original - Guia de Compras UOL
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