Kindle com tela colorida chega ao Brasil em 2025; veja primeiras impressões

Após 17 anos em preto e branco, a Amazon acaba de lançar seu primeiro leitor de livros digitais com tela colorida: o Kindle Colorsoft. Com ele, fica mais interessante ler histórias em quadrinhos, guias de viagem e outros conteúdos ilustrados.

O aparelho já está à venda nos Estados Unidos, por US$ 279,99 (cerca de R$ 1.600 em conversão direta, sem impostos) e chega ao Brasil no ano que vem, segundo a empresa informou ao UOL. O preço em reais ainda não foi divulgado.

Além do Colorsoft, um produto totalmente novo, a Amazon lançou novas gerações dos modelos Kindle, Kindle Paperwhite e Kindle Scribe (o único que não vem ao país). Entre os destaques, estão telas aprimoradas e estruturas em cores diferentes, como verde e rosa. Esta foi a maior atualização que a linha recebeu em sua história.

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Primeiras impressões do Kindle Colorsoft

Experimentamos a novidade em primeira mão, durante o evento de lançamento qua aconteceu no último dia 16, em Nova York.

O Kindle Colorsoft se assemelha ao Paperwhite, tanto no tamanho quanto na tecnologia do display, que simula uma folha de papel de maneira mais realista. Mas faz isso a cores.

É um efeito bem bonito, quase como se a tela fosse pintada à mão. Dá para escolher entre dois estilos: padrão e vibrante, que deixa tudo um pouco mais colorido.

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Imagem: Marcella Duarte\UOL
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Apesar de não mudar a aparência das páginas comuns de livros, que, em geral, são preto e branco, é bem interessante para quem consome conteúdos com muitas fotos e ilustrações, como histórias em quadrinhos, guias de viagem, livros infantis e de receitas.

Admito que até olhar a miniatura das capas dos livros na nossa biblioteca fica mais legal quando estão coloridas. Também dá para colocar destaques diferentes no que estamos lendo (amarelo, laranja, azul ou rosa, como faríamos com marca textos) e fazer buscas pelas cores.

Ou seja, a experiência com o novo dispositivo é mais rica no geral.

Ressalto que não é um display LCD de alta definição, como o de um celular ou tablet. As cores são mais discretas, com aspecto fosco —e isso não é uma crítica, pois a ideia é seguir com uma experiência de livro, suave para o olho e sem emitir luz azul ou em excesso.

Ele tem carregamento sem fio, bateria com até oito semanas de duração e é resistente à água (IPX8).

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Imagem: Marcella Duarte\UOL
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Por que agora?

"As vendas de Kindle são as mais altas em uma década. Estamos vendo um grande aumento de leitura no mundo e decidimos trazer novas experiências para os clientes", disse Kevin Keith, vice-presidente de Dispositivos da Amazon, ao UOL. Segundo a empresa, 60% das vendas no último ano foi de pessoas comprando seu primeiro Kindle.

Keith contou que o novo modelo foi um grande desafio técnico, que levou anos de desenvolvimento. "Cor deixa o dispositivo mais lento, drena bateria, pode gerar borrões que prejudicam a experiência. E em preto e branco o Kindle já era ótimo, então não poderíamos regredir."

O problema foi resolvido com um sistema de iluminação e um display totalmente novos, usando painel traseiro de óxido (que também foi incorporado ao novo Kindle Paperwhite, sem as cores). "Essa tecnologia gera uma voltagem maior, que permite viradas de página mais rápidas e também aumenta o contraste das imagens, sem impactar a bateria", explicou o vice-presidente.

Além disso, LEDs diferentes que os dos outros modelos geram mais brilho e focam a luz nos pixels, para cores o mais saturadas possível.

Kevin Keith com o Kindle básico na nova cor Matcha
Kevin Keith com o Kindle básico na nova cor Matcha Imagem: Marcella Duarte/UOL
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Outros novos Kindles

Kindle (2024). Modelo de entrada da linha, menor e mais barato que seus irmãos. Com tela de 6 polegadas e peso de 158 gramas, cabe até em bolsos. Seu display está 25% mais brilhante, chegando ao nível do Paperwhite. Isso torna a leitura mais confortável, mesmo sob luz, e gera menos fadiga ocular. Chegou ao Brasil no tradicional preto e em uma divertida cor verde pastel, chamada "Matcha", por R$ 599.

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Kindle Paperwhite. Está maior, mais fino e mais rápido do que nunca. A troca de páginas ficou 25% mais veloz, quase instantânea ao toque. A tela passou de 6,8 para 7 polegadas (uma diferença pequena, mas perceptível) e ganhou mais contraste, graças à nova tecnologia com painel traseiro de óxido. Além disso, é resistente a água e tem bateria de longa duração (uma carga dura até três meses). Foi lançado em três cores: verde jade, rosa framboesa e preto —a única que chegou ao Brasil, por R$ 849.

O Kindle Paperwhite Signature Edition é uma versão premium do mesmo produto, com alguns upgrades: dobro do armazenamento (de 16 GB para 32 GB), carregamento sem fio e ajuste automático de brilho de acordo com a iluminação do ambiente. As cores da carcaça também são levemente diferentes, com brilho metálico. Por R$ 999.

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Kindle Scribe. Modelo com jeito de prancheta, que une leitura e escrita. Com caneta embutida, permite colocar anotações em qualquer lugar da tela, escrever textos completos e até fazer desenhos. Esta é sua segunda geração, que ganhou uma sensação mais realista de escrita e é turbinada por inteligência artificial generativa, mas nem a primeira chegou ao Brasil. Foi lançado nos Estados Unidos por US$ 399,99 (cerca de R$ 2.300).

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Imagem: Marcella Duarte\UOL

*a jornalista viajou a convite da Amazon

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