realme se prepara para lançar GT 7 Pro e quer produzir celulares no Brasil

Na semana que vem, a marca chinesa realme vai lançar no Brasil seu novo top de linha: o GT 7 Pro. Este é o primeiro smartphone equipado com o processador Snapdragon 8 Elite, o mais poderoso da Qualcomm, a chegar ao país. Já estamos com o aparelho para testes e o desempenho é mesmo seu forte.

A empresa também revelou, com exclusividade ao UOL, planos de produzir celulares no Brasil já a partir do ano que vem, para oferecer preços mais competitivos e ampliar o portfólio. Conversamos com Derek Wang, head de produtos da realme global, que estava por aqui, principalmente, para visitar possíveis fábricas e agilizar esse processo.

Smartphones realme em oferta

Rodrigo Lara

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Como é o GT 7 Pro

Sucessor da linha GT 6, ele acaba de ser lançado globalmente, e chega oficialmente ao Brasil no próximo dia 11. O preço ainda não foi divulgado, mas podemos esperar um valor elevado, visto que é um modelo bem avançado — e nós podemos provar. Veja o que o GT 7 Pro tem de melhor:

Alto desempenho. O chipset Snapdragon 8 Elite, apresentado em outubro, é o primeiro da Qualcomm com litografia de 3 nm e promete entregar até 40% mais performance que a geração anterior. Aliado ao poderoso processador, o smartphone vem com 12 GB ou 16 GB de memória, que podem ser expansíveis virtualmente por meio da tecnologia de RAM dinâmica. O armazenamento interno é de até 1 TB. Isso tudo garante uma experiência multitarefas sem travar, inclusive em jogos pesados.

Câmeras Sony com estabilização óptica. São três sensores traseiros: principal de 50 MP (Sony IMX906, OIS), teleobjetiva de 50 MP (Sony IMX882, OIS, 3x zoom óptico) e ultrawide de 8 MP. Eles capturam fotos com alta definição, mesmo ao aproximar das cenas, e vídeos menos tremidos — tudo isso com ajuda de inteligência artificial para o melhor clique. A câmera de selfie tem 16 MP.

Tela avançada. O display AMOLED de 6,78 polegadas tem resolução QuadHD Plus, taxa de atualização de 120 Hz e brilho máximo de 6.500 nits. As bordas são curvas para um aspecto "infinito". Dá para jogar e assistir filmes com qualidade e conforto.

Muita bateria e recarga rápida. São 6.500 mAh com carregamento turbo de 120 W.

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Design premium. A estrutura é em metal com bordas retas, que deixa a pegada mais firme. A traseira é de vidro texturizado e as câmeras ficam em um módulo preto quadrado em relevo. O celular é vendido nas cores cinza (Star Trail Titanium, com acabamento que lembra metal escovado) e laranja (edição especial Mars Exploration, com um padrão que remete ao solo de Marte).

Recursos de IA. Rodando Android 15 e realme UI 6.0, o GT 7 Pro tem funções de inteligência artificial nativas, como o "AI Motion Deblur" e o "AI Telephoto Ultra Clarity", que proporcionam fotos mais nítidas, o "AI Sketch to Image", que transforma esboços em arte, e o "AI Game Super Resolution", que eleva a resolução de jogos para até 1,5K. Também há os recursos do Google, como o apagador de objetos.

realme GT 7 Pro na cor laranja - Mars Exploration Edition
realme GT 7 Pro na cor laranja - Mars Exploration Edition Imagem: realme

Produção no Brasil

O caminho lógico (e legal) para marcas chinesas conseguirem reduzir o preço de seus smartphones é produzi-los localmente. Com os tributos das importações da China, fica mais difícil concorrer com marcas consolidadas, como Samsung e Motorola.

Além disso, a lógica de mercado faz com que apenas aparelhos com maior potencial de venda (ou seja, os mais básicos e intermediários) cheguem a mercados emergentes, como o Brasil.

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Wang ressaltou que vê no país um interesse crescente pelos produtos da empresa, principalmente entre o público jovem, e uma de suas atuais prioridades é encontrar um fabricante por aqui para ganhar em volume e reduzir custos, mantendo a qualidade.

Sem revelar detalhes do local, ele garantiu que negociações já estão em curso e o objetivo é iniciar a produção de alguns modelos já em 2025, "talvez no segundo trimestre".

Mercado cinza

Marcas chinesas costumam ser impactadas pelo chamado "mercado cinza", quando um produto entra no país por fora dos canais dos fabricantes, sem pagar impostos ou seguir as normas da Anatel. A Xiaomi é a que mais sofre com as importações irregulares e produtos que chegam a custar metade do preço da loja oficial.

A realme, porém, parece tranquila quanto a isso. O executivo aposta na estratégia de investir em canais oficiais de venda, tanto lojas físicas próprias quanto parcerias com varejistas de e-commerce, "para que os consumidores não precisem recorrer a esse mercado".

Recentemente, a realme lançou no Brasil os modelos C61, um básico parrudo, e 13+, um intermediário premium com foco em games, entre cerca de dez modelos que desembarcaram por aqui em 2024. A futura chegada do GT 7 Pro reforça a afirmação de que o país é prioridade para a marca.

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