Caipirinha perfeita tem seus segredos. Descubra todos eles

Nem todas ficam boas, claro. Por isso perguntamos para Nina Corrêa Bastos, chefe de bar do Jiquitaia e uma das maiores autoridades do mais brasileiro dos coquetéis, como fazer a Caipirinha perfeita.

Bastos também recomenda usar destilados mais potentes (ela usa uma com 47% de teor alcoólico). "Caipirinha não pode ser aguada e o gosto do álcool tem que estar presente."

Para Bastos, uma Caipirinha nota 10 precisa ter acidez - por isso o limão casou tão bem com o drinque. Maracujá é outra opção.

Aqui a chefe de bar dá uma dica preciosa: escolha limões com casca lisa e brilhante. "A casca é mais fina e fica mais fácil macerar a fruta."

O açúcar comum quebra um galho, mas o açúcar cristal deixa o coquetel mais gostoso, diz Bastos. "Ele funciona como um esfoliante e ajuda a soltar os sabores das cascas das frutas."

Cubos de gelo grandões estão na moda, mas não ornam com Caipirinhas. "Prefiro aqueles gelos furadinhos, eles ajudam a diluir e fica mais fácil de mexer o drinque."

Parecido com um cone, o copo Ilhabela baixo é o preferido de Bastos. "O formato ajuda a sentir os aromas", afirma. Se não tiver esse modelo em seu bar, use sempre um copo baixo.

Agora é só juntar tudo no copo - e a ordem dos ingredientes faz toda a diferença. Coloque a fruta (se for muito grande, corte-a em pedaços) e cubra-a com o açúcar cristal. Amasse tudo com um pilão ou macerador, complete com gelo e adicione 60 ml de cachaça.

Está quase lá. Antes de servir, mexa bem o drinque com uma colher longa por alguns segundos. "Tem que mexer bastante para resfriar a bebida. O primeiro gole tem que ser bem gelado", orienta Bastos.

Não tem jeito, com o tempo, os ingredientes da Caipirinha vão parar no fundo do copo. É aí que entra um capricho da chefe de bar do Jiquitaia: "Sirvo com uma colherinha de café, que é para o cliente mexer de vez em quando e a caipirinha ficar sempre bem misturada."