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O incrível superiate com quadra de tênis, 'aeroporto' e dono misterioso
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Tanto pelo tamanho quanto pela originalidade, este novo iate, que acaba de ser lançado, é de deixar qualquer oligarca russo babando de inveja.
O "OK" (sim, este é o nome do barco) tem 146 metros de comprimento (uma vez e meia um campo de futebol) e uma peculiaridade que nenhum outro iate do mundo possui: 70% dele pode afundar e ficar ligeiramente submerso, para que outro barco menor (coisa que todo grande iate possui, para que o seu dono possa "passear" nas imediações) possa ser "embarcado" — veja o vídeo abaixo.
Pousa até avião
Também é possível chegar em um avião anfíbio (desses que pousam na água) e levá-lo junto no passeio.
Ou as duas coisas juntas, barco e avião, já que espaço é o que não falta neste iate realmente sui generis.
Dá até para transformar o gigantesco convés do "OK" em uma espécie de piscina olímpica oceânica (maior até que as das Olimpíadas), usando o mesmo procedimento de afundar boa parte do convés e enchê-lo com água do mar, a fim de nadar com a segurança de continuar "dentro" do barco — embora ele também tenha, é claro, uma piscina de verdade, e com borda de vidro, para dar a sensação de estar conectada ao mar ao redor.
Também é possível embarcar quantos automóveis quiser (cabem, pelo menos, uns 50), porque o "OK" possui uma rampa própria, que pode ser conectada a qualquer porto, como um ferry boat.
Isso também nenhum outro iate oferece.
Era um navio
A explicação para tamanha originalidade está em um detalhe do projeto: antes de virar iate particular, o "OK" era um navio japonês de transporte de embarcações, o Super Servant 3, construído em 1982.
Durante quase 40 anos, ele transportou barcos e plataformas de petróleo mundo afora, daí o seu convés semi-submergível, para que sua "carga" embarcasse sem precisar ser retirada da água.
Cinco anos atrás, ele foi comprado por um milionário, para ser usado como iate particular.
Manteve a característica de afundar
A transformação levou três anos e foi feita em um estaleiro da Turquia, que acaba de colocar o "OK" na água, agora transformado no mais surpreendente iate do mundo — embora continue tendo a aparência externa de um navio.
Além disso, seu novo dono decidiu manter a principal característica da embarcação, que é encher parcialmente de água, como se estivesse afundando.
Só que o objetivo passou a ser embarcar facilmente seus outros brinquedos náuticos — jet skis, paragliders, lanchas e outros barcos, inclusive um veleiro de quase 20 metros de comprimento, que só ele já seria um barco e tanto, também de sua propriedade.
Quadra de tênis e muito mais
Mas, como tudo isso não ocuparia nem metade do espaço disponível no convés-garagem de mais de 3.000 m2 do "OK" (que também serve como heliponto para dois ou mais helicópteros, ao mesmo tempo), veio a ideia de criar outro diferencial inédito em iates: uma quadra de tênis com tamanho oficial.
Quando o casco do "OK" enche de água, para o embarque de outro barco, a quadra de tênis também afunda, mas isso não é um problema, porque, tal qual o restante do convés, seu piso é antiderrapante e à prova de escorregões.
E, para evitar que as bolinhas acabem indo parar no mar, grandes grades protegem as laterais da quadra — para a parte de trás não precisa, porque o convés é tão longo que nenhuma bolinha conseguiria chegar até a água.
Tudo no "Ok" é surpreendente.
Suíte de vidro
Como se não bastasse tudo isso, ele também possui elevador externo panorâmico envidraçado, para facilitar o acesso aos seus três andares de amenidades ao ar livre, que incluem — vejam só! — um mini-jardim botânico (com plantas e árvores de verdade) e um cinema a céu aberto.
Dentro do barco, além de quatro enormes aquários, há acomodações para 20 privilegiados, sendo que a suíte principal, no terraço, ocupa toda a largura do casco e tem paredes de vidro por todos os lados, para que a vista do mar seja de 360 graus — nunca se viu nada igual.
Para mover tudo isso, dois motores que exigem um tanque de combustível com capacidade para 200 mil litros de óleo diesel — só para enchê-lo, custa o equivalente a mais de R$ 1,2 milhão.
Ninguém sabe quem é o dono
Mas, dinheiro, obviamente, não é problema para o dono deste impressionante barco, que, apesar de tudo, ocupa a modesta posição de 11º lugar na lista geral dos maiores iates do mundo - em tamanho, mas não em originalidade.
Seu nome, no entanto, é um segredo guardado a sete chaves, que nem o estaleiro que fez a mudança, nem o premiado designer que a concebeu, informam.
Talvez, porque, em tempos de confisco de iates russos, ele também seja da terra de Putin.
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