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Reportagem

Esqueceu as borbulhas na virada? Nesse bar, elas são diversão o ano todo

Quem acompanha essa coluna, sabe que não me arrisco a pagar de entendidona dos vinhos.

Primeiro motivo: porque não sou. É um mundo que já tentei explorar em estudos formais mais de uma vez e não houve ainda quem me fizesse me apaixonar a ponto de ficar... bem... obcecada (como pedem as paixões).

Para esse nível de amor, recorram à minha amada Isabelle Moreira Lima ou aos colegas do Vamos de Vinho, aqui da firma-mãe.

Segundo motivo: porque, graças ao bom Deus, estou cercada de gente que manja muito e não enche o saco quando só quero beber algo bacana e divertido, sabe? Se um dia fui palestrinha (da cerveja), me desculpem.

Sando de carne louca de wagyu do Plou
Sando de carne louca de wagyu do Plou Imagem: Divulgação/Giuliana Nogueira/@giugnr

Foi numa dessas noites regadas a bons vinhos que, finalmente, conheci o Plou (@plou.vinhos): bar de vinhos, loja e até escola comandado por Analu Torres - uma dessas pessoas que citei acima - na rua Original, Vila Madalena.

Entre ótima comida - chef Samuel Rocha, como esquecer o sando de carne louca de wagyu? - e uma régua de vinhos franceses com pontos em comum e totalmente diversos entre si feitinha só pra mim (como são feitas para quem sentar no balcão e nas charmosas mesas do local), soube que aqui residem borbulhas orgulhosas. Muitas. Talvez mais do que em qualquer outro lugar da cidade de São Paulo.

E, claro, para o ano todo - esquece essa história de que bolhas são só para festa, Ano Novo e gente tentando abrir a garrafa com grifo (uma história real).

Analu Torres, do Plou
Analu Torres, do Plou Imagem: Divulgação/Giuliana Nogueira/@giugnr
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Borbulha o ano todo

Só de champanhes, Analu disponibiliza 65, que estão em garrafas vendidas de R$ 541 a R$ 2500. Entre elas, exemplares de encher os olhos, as taças e as bocas: Elise Dechannes, Françoise Bedel, Bérèche, Jacques Lassaigne, Fredric Savart, Mouzon-Leroux, Émilien Feneuil, entre outros raros, limitados e raramente disponíveis tão perto.

Champagnes do Plou
Champagnes do Plou Imagem: Divulgação/Giuliana Nogueira/@giugnr

Ao lado destes "Santos Graais", cerca de 90 espumantes de diversos países, como Espanha, Portugal, Itália, África do Sul, Brasil, Áustria e diversas regiões da França, com preços que partem de R$ 195.

Entre os hits, estão os espumantes do Jura (região da França que tem abalado as estruturas borbulhantes), como o Crémant du Jura, da Domaine Pignier. Natural, 85% Chardonnay e 15% Pinot Noir a R$ 550.

Dos brasileiros, o pét-nat rosé da Vivente Vinhos, 100% pinot noir a R$ 242.

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Um espumante com frutas vermelhas, desses descomplicados, para beber entre amigos, na beira da piscina.

Ai, que delícia o verão.

Outro ao mesmo estilo é o I Wish I Was a Ninja, da Testalonga: pét-nat 100% Colombard a R$ 368. "Ele tem notas florais, de pêssego e damasco, com um final salino. Um residual de açúcar um pouco mais alto que a média".

Para quem não manja, a definição para não se perder: pét-nat é um espumante feito pelo método ancestral, que passa por apenas uma fermentação, que começa antes do envase e termina dentro da garrafa.

Para comer - ou não!

Crudo do Plou, com Champagne
Crudo do Plou, com Champagne Imagem: Divulgação/Giuliana Nogueira/@giugnr
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E já que mencionei as ótimas comidinhas do Plou, saiba que as bolhas têm muito - mas muito - talento para casar com comida.

Champagne e ostra é um clássico, mas também fica incrível com sushi, crudos, salmão defumado, queijos frescos tipo queijo de cabra boursin (aliás, a combinação mais campeã do cardápio Plou.

O sul-africano mencionado anteriormente, por exemplo, combina bem com frutos do mar e massas leves. "Ou também é desses que a gente bebe só ele para curtir um dia ensolarado".

Champagne combina até com champagne, como brinca Analu.

Espumantes são vinhos extremamente versáteis na harmonização e também gostosos de beber sozinhos. Ou seja, não necessariamente precisam de comida, mas vão muito bem acompanhados.

Ambiente do Plou
Ambiente do Plou Imagem: Divulgação/Giuliana Nogueira/@giugnr
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E também não tem essa de "bebida para noites de verão, diante da brisa do mar, ouvindo uma bossa-lounge". O Plou-bar abre 15h de terça a quinta, 13h sexta e sábado e 13h30 aos domingos - e tem playlists caprichadas para não deixar nenhuma chatice estragar.

Sem desculpa para cair nas bolhas sem medo, sem pressa e sem preconceitos.

*Trilha sugerida para harmonização com essa coluna: "Spellbound", de Siouxsie and the Banshees

Quem quiser bater um papinho, sou a @sigaocopo no Instagram.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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