Biscoito Globo, Catupiry, Dadinho: a história por trás dos ícones da comida
Para os cariocas, a experiência de ir à praia não é completa sem a companhia de um mate gelado e de um pacote de Biscoito Globo, doce ou salgado. E o status de ícone do verão é tamanho que o biscoito de polvilho ganhou até uma biografia: "Ó o Globo: A História de um Biscoito" (ed. Valentina), que chega às livrarias em fevereiro.
Escrito por Ana Beatriz Manier, o livro conta a incrível trajetória dos irmãos Milton, Jaime e João Ponce, que aprenderam a famosa receita com um primo dono de padaria no bairro do Ipiranga, em São Paulo --sim, o Biscoito Globo é paulistano de origem! No fim dos anos 1950, os irmãos aproveitaram um evento católico no Rio de Janeiro para vender os biscoitos na então capital federal. Por conta do grande sucesso, eles acabaram permanecendo na cidade --e o resto é história.
Assim como os Biscoitos Globo, outros produtos acabaram entrando para a memória afetiva do grande público. Que o digam os mineiros com o Mate Couro, os maranhenses com o Guaraná Jesus ou os paulistanos com os Dadinhos IV Centenário. Conheça a história de alguns destes grandes sucessos.
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Catupiry
Na pizza, na coxinha, na moqueca e onde mais der na telha dos cozinheiros, o legítimo queijo Catupiry é mineiro de origem, criado em 1911 pelos imigrantes italianos Mário e Isaíra Silvestrini. Além da cremosidade, a marca é famosa pela icônica caixinha redonda que comporta o produto, antigamente de madeira e hoje de plástico. Em 1999 o Instituto Nacional de Propriedade Industrial reconheceu a Catupiry como marca notória.
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Guaraná Jesus
Diziam que ele é um dos segredos mais bem guardado do Maranhão - um guaraná de cor rosa e aroma de chiclete. A fórmula da bebida foi inventada sem querer em 1927 pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes, na tentativa frustrada de criar um xarope. Como o produto acabou agradando seus netos, Gomes investiu na produção da bebida, até hoje bastante popular em seu estado de origem e distribuída nacionalmente.
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Pamonha de Piracicaba
Não tem paulistano de certa idade que não se lembre do irritante som do carro de som anunciando, em altos brados, as "pamonhas quentinhas de Piracicaba, o puro creme do milho verde". Se é bem verdade que a pamonha não é patrimônio da cidade do interior paulista, o método de venda é originário da região, há mais de 40 anos. A famosa voz das caixas de som, gravada nos anos 1970, é de Dirceu Bigelli, vendedor dos quitutes já falecido. O jingle passou de mão e mão em fitas cassete e acabou ajudando a fazer a fama do produto.
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Mate Couro
Criado por um grupo de amigos em 1947, o Mate Couro é um refrigerante que faz parte da vida e das memórias de muita gente em Minas Gerais. A fórmula é preparada com extratos de erva-mate, de guaraná e de chapéu-de-couro, planta muito conhecida na região e utilizada como fitoterápico.
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Dadinho
Criado pela família Dizioli em homenagem aos 400 anos da cidade de São Paulo, em 1954, os Dadinhos eram originalmente chamados de IV Centenário - o apelido carinhoso virou o nome oficial do produto depois. Presente em muitas cantinas escolares e usado como troco em padarias, o docinho de amendoim ganhou novas roupagem como recheio de wafers e até em forma de creme.
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