Cachaça não é só para fazer caipirinha; veja receitas e dicas

É só falar em cachaça que todo mundo pensa logo numa caipirinha. O drinque com limão, açúcar e gelo é, de fato, paixão nacional e um belo representante da coquetelaria brasileira fora do país. Mas existem várias outras maneiras de apreciar o nosso destilado sem ser na receita de sempre.

“Primeiro, é importante lembrar de que ela pura é uma delícia”, afirma o sommelier de cachaça Jairo Martins, consultor especial da Câmara Especial da Cachaça. Ele sugere uma dose na companhia de um café expresso ou de um caldinho salgado. “Você dá um golinho em um e depois no outro.”

Jairo gosta de dizer que cachaça é bom de qualquer jeito: “isolada, acompanhada, misturada”. E ainda que cai bem em todos os momentos. “Ela é abrideira, companheira e saideira”, brinca.

Vale ressaltar que caipirinha é somente o drinque feito com cachaça, limão, açúcar e gelo. As outras versões são adaptações dessa receita, mas não podem ser chamadas como tal.

"Acho inclusive que, com outras frutas, é melhor usar vodca, que tem sabor neutro", diz a mixologista Talita Simões, do paulistano Side. A exceção, para ela, é o maracujá. "A cachaça tem muita pesonalidade, tem que ter parcimônia na mistura", afirma. "Mas adoro descobrir novos coquetéis com ela. Gosto de usar licor de baunilha, de uísque ou Amarula."

Além dos coquetéis clássicos que caíram em desuso, como o Rabo de Galo, outra sugestão para aproveitar ao máximo a bebida 100% brasileira é substituir o destilado de qualquer drinque tradicional pela cachaça. “Com tônica é ótimo, ou ainda com refrigerante ou vermute, por exemplo”, diz Jairo. “Poucas bebidas são tão ecléticas quanto ela.” E viva a produção nacional!