Chef que reverteu proibição do foie gras nos EUA é ameaçado de morte
A proibição ao uso de foie gras no estado norte-americano da Califórnia foi derrubada por decisão da Suprema Corte - e um dos chefs por trás do movimento que colocou o ingrediente de volta aos menus está sendo ameaçado nas redes sociais.
Sean Chaney, do restaurante Hot's Kitchen, foi uma das pessoas que entraram com um processo contra o banimento do ingrediente. Por conta de sua participação, ele diz que recebeu ameaças em seus posts no Instagram. No dia em que a proibição foi suspensa, um grupo se reuniu para protestar na frente do seu restaurante.
"O ingrediente pode ser usado nos outros 49 estados do país. Por que não aqui?", disse Chaney à rede de televisão CBS. O chef também explicou que entende o motivo dos protestos, mas que não está preocupado com isso. "Eu acredito que o produto é feito com todo o respeito aos animais e que os fazendeiros estão fazendo o melhor que podem de acordo com os parâmetros atuais".
O nível das ameaças, no entanto, levou o chef a pedir a ajuda do FBI para investigar a origem dos ataques. O veto ao ingrediente, que data de 2012, foi derrubado com o argumento de que ele se sobrepunha a uma lei federal que regula produtos avícolas.
Pode ou não pode?
O foie gras é produzido a partir da engorda de patos ou gansos, superalimentados por um processo chamado "gavage" (do francês "gaver", que significa "comer demasiadamente"). Como no processo de "gavage" os animais são forçados a comer, muitos ativistas da causa animal se posicionam contra a produção do ingrediente.
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- http://comidasebebidas.uol.com.br/enquetes/2015/01/13/o-que-voce-acha-do-consumo-de-foie-gras.js
Na Grã-Bretanha, um abaixo-assinado fez com que a Amazon parasse de vender o ingrediente no país. Em outros países como República Tcheca, Dinamarca, Noruega e Alemanha, é proibida a alimentação forçada de animais para fins gastronômicos, sem veto à importação ou venda do produto no local.
Em São Paulo, um projeto de lei propôs uma proibição ao uso de foie gras, com multa de até R$ 5 mil para quem comercializasse ou utilizasse o ingrediente em restaurantes da capital. A proposta teve uma audiência pública e chegou a ser aprovada em primeira instância pela Câmara de Vereadores, mas teve sua tramitação interrompida na Comissão de Saúde.
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