Vinícola aproveita "Ecce Homo feio" para divulgar bebida e leva até prêmio
Em 2014, a cidade de Borja ganhou os holofotes do mundo ao apresentar um restauro inusitado da obra Ecce Homo de 1910, do espanhol Elías García Martínez. Passados quatro anos, a história ainda rende para os habitantes e comércio local, como a vinícola Bodegas Aragonesas.
Um vinho que leva a obra - retocada sem a arte peculiar de Cecilia Giménez - não só faz sucesso localmente, como já foi reconhecido com medalha de prata em um importante concurso na Alemanha, em 2016.
A boa notícia para os enólogos é que além da referência divertida e do reconhecimento de especialistas, garrafa de um Ecce Homo Garnacha sai por apenas 4 euros (cerca de R$ 19) no site da vinícola.
O caso trouxe fama ao então pouco conhecido santuário da igreja do Santuário da Misericórdia, que, desde então, recebeu mais de 40 mil turistas, ávidos para ver a nova “obra-prima”, segundo a fundação que mantém o local.
Administrada pelo município de Borja, a instituição passou a cobrar um euro pela entrada para financiar a conservação da pintura e suas obras de caridade, e afirma já ter arrecado mais de 50 mil euros (cerca de R$ 160 mil).
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