Os segredos do bolo de pote: macetes, receitas e dicas para virar negócio
"Molhadinho e cremoso, o bolo de pote é uma febre", afirma a confeiteira Elaine Ferreira, dona do canal no YouTube e conta no Instagram e site Cakepedia, especializados em doces.
A tendência é confirmada na audiência de seu canal, com mais de 800 mil inscritos e milhares de visualizações nos vídeos. As características que garantem o sucesso da sobremesa não são segredo: além de fácil de fazer e muito saboroso, os bolos de pote não têm alto custo de produção e se tornaram uma alternativa de renda extra.
Quer entrar também nessa onda? Confira a seguir segredinhos para deixá-los irresistíveis, três receitas sugeridas por Elaine e dicas para fazer dos bolos de pote um negócio.
Um bolinho especial
Diferentemente dos bolos tradicionais, os bolos de pote são mais molhadinhos para garantir que as garfadas no potinho trarão um doce cremoso e fácil de degustar. Caso fiquem muito úmidos, os bolos comuns podem ter a estrutura da massa comprometida e até desmontar. No pote, eles ficam firmes mesmo com a mistura abundante de caldas e recheios. Porém, Elaine alerta que a umidade no pote deve ser controlada para não deixar o bolo com consistência de papa.
Como umedecer?
Segundo a confeiteira, a calda mais indicada para deixar os bolos molhadinhos é a de açúcar: fervendo 300 ml de água com 200 g de açúcar. Ela também diz que caldas com leite de coco e leite condensado podem ficar muito saborosas. Porém, as feitas com leite precisam de cuidado por estragarem mais rapidamente.
Zelo com a montagem
Os bolos de pote devem ser montados em camadas com a espessura de, aproximadamente, um dedo cada. "Para ficar mais bonito e com aspecto profissional", pontua Elaine.
A primeira é feita com uma colher de sopa de recheio no fundo, para garantir que ele fique úmido já na base. Depois, vem uma camada de massa (que pode ser esfarelada e montada à mão - foto acima - ou cortada com aros circulares específicos). Em seguida, é a hora de colocar um pouco de calda (preferencialmente a de açúcar), seguida de outra camada de recheio e outra de massa. A cobertura pode ser o próprio recheio - confeitos variados aprimoram a finalização.
É importante que tenha um espaço de cerca 1 centímetro entre a última camada e a tampa, para o pote não ficar melado de cobertura quando for fechado. Essa distância também é ideal para quem vai congelar. Elaine diz que, com a alta refrigeração, a sobremesa pode expandir e se aproximar da tampa.
Esfarelar ou cortar em discos?
"Nas massas à base de óleo, eu utilizo o método de esfarelamento. Já para as tipo pão de ló, que não esfarelam tão bem por não possuirem gordura em seu preparo, eu utilizo o método de cortar em discos", indica Elaine.
Atenção à temperatura
Um macete na hora da montagem dos bolos de pote: tanto a massa de bolo como o recheio devem estar em temperatura ambiente, para estabilizar a massa e evitar que vapores d'água fixem no pote e estraguem a montagem da sobremesa.
Massa impecável
Para a massa ficar perfeita, é preciso alguns cuidados:
- Verificar a data de validade dos produtos;
- Não esquecer de peneirar os ingredientes secos como a farinha de trigo e o chocolate em pó;
- Não deixar a massa ultrapassar mais do que a metade da forma, para evitar "barriga" e rachaduras no bolo.
"A massa espessa demais também demanda mais tempo de forno para assar completamente e isso acaba ressecando-a", ensina a especialista.
Receitas do Cakepedia ao UOL Receitas
Bolo de pote de chocolate com brigadeiro
Com recheio cremoso do infalível brigadeiro e granulado para complementar, é, segundo Elaine, garantia de sucesso nas vendas. Quer aprender a fazer? Veja o passo a passo da sobremesa.
Bolo de pote de cenoura com brigadeiro
Se o bolo tradicional de cenoura já é uma delícia, imagina um que seja pequeno e molhadinho na medida? Este é o segundo sabor que mais tem a preferência do público, segundo a especialista. Confira a receita completa.
Bolo de sensação de morango
Esta é uma dica para quem quer diferenciar dos sabores. "Ele fica lindo com raspinhas coloridas e pode ter confeitos na apresentação", diz Elaine. Coloque a mão na massa e faça você também!
Para transformar em negócio
Quer tornar os bolos de pote uma fonte de renda extra? Confira abaixo as dicas da especialista na sobremesa:
Utensílios básicos - os itens essenciais são espátula, panela, bowl para fazer a massa, forma retangular de 25cm x 30cm, saco de confeitar para rechear, aro cortador, além de liquidificador e batedeira.
Investimento inicial - caso já tenha os utensílios básicos, gasta-se, em média, R$ 300 para comprar os ingredientes, os potes e as etiquetas para embalar o produto.
Sabores mais procurados - "O bolo de pote de chocolate com brigadeiro é o que faz mais sucesso e não é uma receita difícil para quem está começando", indica Elaine. O segundo colocado é o bolo de cenoura com brigadeiro.
Quantidade para começar - Elaine aconselha a fazer cinco receitas para iniciar as vendas. Dessa forma, você desenvolve uma linha de produção e não confunde os clientes com muitas opções de sabores. "Com o passar do tempo, pode alternar o menu de acordo com aceitação do público", diz.
Higiene: a bancada de montagem deve ser limpa com detergente neutro, sem cheiro, e higienizada com álcool. Quanto à higiene pessoal, não se pode esquecer do básico: touca, luvas e avental para a hora do preparo.
Validade: em temperatura ambiente, o bolo de pote com calda de açúcar e sem frutas frescas dura três dias. Na geladeira, a validade se estende para uma semana e, congelado, para 30 dias. Depois de ser descongelada, recomenda-se consumir a sobremesa em até 24 horas. "O bolo de pote com frutas frescas estraga mais rápido, pois as frutas soltam água e acabam ficando escuras. Nesse caso, duram, no máximo, 2 dias na geladeira", pontua Elaine. A confeiteira dá ainda outra dica para quem deseja fazer para vender: "Evite utilizar a calda com leite, pois pode azedar".
Precificação do bolo de pote: calcule o preço de todos os ingredientes e itens para as embalagens e acrescente uma porcentagem para gastos como luz, água e gás. Elaine recomenda a seguinte fórmula: custo da receita x 3 + 10% = preço de venda.
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