Jardim em casa: conheça 5 plantas difíceis de matar
"Qual planta não dá trabalho?" Essa é a pergunta que mais me fazem desde que comecei a fazer lives no Instagram. Desde que virei jardineira, há 10 anos, essa dúvida me assola. O que é "dar trabalho"? Pedir muito adubo? Se negar a crescer em vaso? De fato, há espécies que exigem mais experiência do jardineiro amador, é claro - experimente cultivar tomates pra você ver. No entanto, o que torna o tomateiro uma planta tão temperamental é algo muito simples de entender: ele não é do nosso clima.
Toda vez que você se irritar porque está comprando pela décima vez uma planta, antes de gastar dinheiro de novo ou pedir muda pra um amigo, que tal pesquisar se aquela espécie gosta de crescer no clima que você tem em casa? Digo isso depois de tentar, por anos a fio, fazer tulipas darem flor outra vez flor. Se aqui no Brasil não neva, não há chantagem com adubo que faça o bulbo da tulipa achar que tem de florir, mas, por outro lado, temos muitas espécies bulbosas que holandês nenhum consegue cultivar com sucesso (oi, caládio, seu lindo!).
Pra te ajudar a começar bem na jardinagem, aqui vão cinco verdinhas tropicais, rústicas e que aceitam crescer mesmo em ambiente interno, desde que fiquem bem pertinho do vidro de uma janela muito iluminada. Opa, bate sol? Tudo bem, elas vão do lado de fora também. Ei, venta demais aí? Pode apostar que elas não vão nem perceber.
1. Espada-de-são-jorge
Chamada por muitos nomes populares e com dezenas de padrões diferentes de cores e formatos, ela faz parte de um gênero muito versátil, Sansevieria (que recentemente mudou pra Dracaena). Suas folhas longas e pontudas aguentam de maresia a ar condicionado, seu caule especial rebrota com extremo vigor mesmo cortado e as folhas conseguem permanecer vivas e até enraizar se mantidas em água limpa, mesmo longe de uma janela. Não à toa leva o nome do santo guerreiro.
2. Zamioculca
O segredo de sua extrema resistência está escondido sob a terra: cada haste graciosamente curvada de folhas sai de uma "batatinha", uma estrutura especial que a planta criou pra sobreviver a períodos de seca. Justamente por isso, é mais provável que sua zamioculca morra por excesso de água do que por falta de regas. As folhas brilhantes têm um verniz que as protege do vento, tornando esta espécie excelente pra ambientes secos, mesmo sem sol.
3. Mãe-de-mil
Com folhas cilíndricas ou em forma de colher, tem um serrilhado característico na borda, onde se encaixam dezenas de brotações-filhas. Basta encostar na planta que cada um dos mil rebentos logo enraíza, até mesmo em fenda de asfalto ou rachadura de parede. Tanta rusticidade torna a mãe-de-mil uma planta muito procurada pra telhados verdes: exigindo baixíssima manutenção e poucas regas, ela se auto-sementeia pra todo canto. As flores rosadas são pequenas, mas muito simpáticas.
4. Phalaenopsis
Ela não é a orquídea mais vendida do Brasil à toa: com milhares de variedades, floresce até quatro vezes por ano no nosso clima, especialmente se mantida em ambiente onde receba duas horas de sol fraco da manhã. Pra que sua Phalaenopsis não apodreça, jamais deixe o "miolinho" das folhas molhado - nas árvores, ela cresce inclinada justamente pra impedir que a água da chuva se acumule ali. Não corte o cabinho depois que a florada acabar: a planta o reaproveita pra dar ainda mais flores.
5. Pleomele
Com folhas que podem ser completamente verdes, verdes com amarelo ou verdes com branco, esse arbusto funciona como cerca viva, protegendo a casa de poeira e olhares curiosos, como "árvore" pra sala, criando um imediato efeito-floresta, ou mesmo pra ficar quietinha num vaso de mesa, crescendo lentamente sem pedir muito espaço. Prefira a de folhas verdes pra locais sombreados e aposte nas mais claras pra ambientes de sol e vento. A variedade "Compacta" é ótima pra locais pequenos.
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