Como cuidar das plantas no inverno? Veja as dicas para mantê-las saudáveis
Os sinais começam muito antes de o frio chegar: as pontinhas das folhas da jiboia ficam secas e quebradiças, as folhas da hortelã e do tomateiro se revestem de uma penugem branca, os caládios e as alocásias parecem morrer repentinamente.
Plantas de folhas largas e finas, como helicônias, bananeiras, calatéias e filodendros começam primeiro a amarelar nas bordas, depois a queimar da ponta pro centro. E, claro, há sempre a desagradável surpresa de acorda e encontrar sua horta ou suas orquídeas preferidas destruídas pela geada.
Mesmo num país de invernos amenos como o nosso, a chegada da temporada fria traz consigo alguns desafios para quem ama plantas. Aqui vão três estratégias simples, que podem deixar suas verdinhas saudáveis por muitos meses, pelo menos até que a primavera surja por aqui.
O jeito certo de regar
A primeira medida a tomar é com as regas, que precisam ser mais espaçadas -- com temperaturas médias abaixo dos 20ºC em quase todo o Brasil, a água presente no solo demora mais a evaporar. Isso significa que, se você segue alguma formulinha de molhar as plantas X vezes por semana, esse é um bom momento para mudar de estratégia e usar o dedômetro.
Toque com a pontinha do dedo o substrato toda vez que for regar um vaso ou canteiro, molhe APENAS se o dedo sair limpo. Isso pode variar imensamente de acordo com o tipo de planta, o lugar em que ela está, sua idade, o tipo de substrato, a incidência de sol e vento e até mesmo o material do qual o vaso é feito ou a face para a qual sua casa está voltada.
Com tantos fatores entrando na composição, era de se esperar que o resultado da equação fosse complicado, certo? Não é. Ao usar o dedômetro, cada planta conta para você quando precisa ser regada novamente. Mais personalizado do que isso, só se ela te mandasse um Whats.
As plantas que dormem
Muitas espécies tropicais diminuem o metabolismo durante os meses frios ou simplesmente entram em dormência. Mais ou menos como fazem os ursos, essas verdinhas se livram de tudo aquilo que é descartável -- folhas? Pra quê preciso delas? -- e se concentram em manter funcionando apenas o que é essencial.
Existem milhares de exemplos de plantas que fazem isso, mas as mais conhecidas talvez sejam caládios e alocásias: suas folhas ficam amarelas, secam, caem e, durante meses, não surge nada em seu lugar.
Para todos os efeitos, a planta parece ter morrido. Ao escavar o substrato, você descobrirá os bulbos, as estruturas especiais que essas plantas têm nas raízes e que, a exemplo do que acontece com cebolas e tulipas, mantêm a espécie vivíssima.
Assim que o frio passa, com o aquecimento do solo, essas verdinhas retomam a atividade e voltam a produzir brotos, folhas e flores, como se tivessem apenas tirado um cochilo. Não é preciso fazer nada de especial com elas, nem mesmo desplantar os bulbos, apenas diminuir as regas para evitar que apodreçam as raízes.
As folhas que ficam feias
Ar seco faz estragos na gente: resseca a pele, cria rachaduras nos pés, deixa o cabelo uma palha e pode até machucar os lábios ou fazer o nariz sangrar.
Seres clorofilados passam por dramas semelhantes, especialmente se têm folhas muito largas e finas, que se rasgam, se partem ou queimam e amarelam com a baixa umidade. A solução seria molhar mais? Não é bem isso — volte à primeira dica desta matéria.
Para evitar esses sinais, é preciso aumentar umidade do ar, não do solo. Faça isso pulverizando as folhas e o entorno da planta toda vez que sentir que a sua garganta está seca, que as mãos estão rachadas ou que a pele parece áspera.
Pode ser difícil se precaver contra a desidratação nas plantas, porque elas dão sinais muito discretos de que algo está ruim, mas é bem fácil perceber os malefícios do ar seco na nossa pele. Se você estiver aumentando o uso de hidratante ou passando mais protetor labial, pode ter certeza de que suas plantas estão sofrendo com a secura do inverno.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.