Geíza Arruda fazia um curso de hotelaria quando participou do serviço de um encontro de sommeliers. Ficou fascinada. "Me encantei com aquela mística, as pessoas falando de química, história, geografia, suas viagens... Acredito que a vida é cheia de sabor, prazer, gosto, cheiro, e quis aquilo para mim", conta. Geíza foi a mais jovem sommelier a se formar em São Paulo, aos 20 anos e, no seu caso, sua própria presença já era, de certa forma, um jeito de quebrar as regras. "Muito jovem, de um ambiente diferente, negra, mulher numa atividade então majoritariamente masculina... claro que muitas vezes me senti intimidada", conta. A cartilha do vinho, para ela, era a linguagem em comum que tinha com pessoas tão diferentes.