Fechados ao público, restaurantes espanhóis entregam comida aos hospitais
É meio-dia de sábado e os fogões do restaurante Timesburg em Barcelona fumegam, embora suas portas estejam fechadas. Eles preparam refeições para serem compartilhadas de forma solidária com outros restaurantes entre os profissionais da saúde que tratam os pacientes com coronavírus.
"Contribuir com o que podemos neste momento difícil nos faz sentir melhor", admite uma das cozinheiras, Vanessa, à AFPTV, enquanto espalha maionese em dezenas de pãezinhos de cheeseburger, que depois embrulha em papel e deposita em sacolas de papelão para sua distribuição.
Embora bares e restaurantes estejam fechados desde meados de março, quando o governo impôs medidas estritas de contenção para conter o avanço da epidemia, uma dúzia deles uniu forças com empresas de entrega na iniciativa "Delivery for Heroes" (Entrega para Heróis).
Todos os dias, eles preparam e entregam gratuitamente entre 200 e 300 pratos aos hospitais de Barcelona para animar os profissionais da saúde, na linha de frente da crise sanitária.
"Sabemos que não somos de primeira necessidade, porque eles já têm comida e catering preparados. Mas estamos proporcionando esse pequeno momento de empolgação", diz Axel Peinado, promotor da iniciativa e diretor de uma pizzaria de Barcelona.
"No melhor dos casos, trabalham por 12 ou 14 horas seguidas, muito intensas e em uma situação muito difícil que todos vivemos. E, de repente, chega até eles pizza, hambúrguer, sushi ou burrito ", continua.
Quando a van de Daniel Valls estaciona nos portões do Hospital Clínic, um dos que mais recebe pacientes com coronavírus em Barcelona, duas enfermeiras deixam o local com seus jalecos brancos e máscaras para coletar o pedido.
"Quando você entrega a comida e vê que os profissionais da saúde ficam contentes, isso nos faz felizes e nos fortalece", diz esse entregador, que também está devidamente protegido com luvas e uma máscara.
Desde o início da epidemia de coronavírus, que causou mais de 12.400 mortes na Espanha, o segundo país mais atingido depois da Itália, as iniciativas de solidariedade se multiplicaram, especialmente para os profissionais de saúde.
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