Verdadeiro ícone britânico, pubs sofrem ressaca da pandemia
Em seus 129 anos de existência, o pub de Londres "The French House" superou duas guerras mundiais e muitas crises. Como muitos destes estabelecimentos, verdadeiros ícones do modo de vida britânico, agora luta por sua sobrevivência em plena pandemia de coronavírus.
Localizado no bairro de Soho, este bar lançou uma campanha de arrecadação de fundos on-line.
Espera juntar 80.000 libras (98.000 dólares) para cobrir os gastos, devido à sua falta de renda: na segunda-feira, já havia arrecadado mais de 50.000.
"Tivemos que fazer isso, porque não tínhamos reservas suficientes", explica à AFP Lesley Lewis, proprietária há três décadas.
Até onde sabe, a única vez que o pub teve de fechar foi após um bombardeio da Segunda Guerra Mundial, mas apenas "por um dia".
A pandemia de COVID-19 levou o Reino Unido - que, com 32.065 mortos, é o segundo país com maior número de mortes no mundo - a adotar medidas sem precedentes para conter a propagação do vírus.
O primeiro-ministro Boris Johnson ordenou o fechamento de pubs e de outros estabelecimentos públicos em 20 de março, e não se espera que reabram até, no mínimo, julho.
Para sobreviver, a maioria colocou sua equipe em desemprego parcial e se inscreveu em programas de emergência do governo para ajudar as pequenas empresas.
Clientes assíduos estão "impacientes"
Para um dos proprietários do "Hearsall Inn", em Coventry, centro da Inglaterra, a crise não tem precedentes desde que sua família começou a dirigir o estabelecimento há 22 anos.
Mais ao sul, no povoado de Bursledon, próximo a Southampton, Rakesh Modha está ansioso para voltar ao "Linden Tree", que costumava visitar quatro vezes por semana, e ajudar a organizar o tradicional concurso de perguntas semanal, uma tradição que resiste nestes estabelecimentos.
"Há um vazio em minha vida", lamentou este contador, que sente falta "da interação com os amigos" no pub.
Com o desconfinamento progressivo do país anunciado por Johnson, a indústria espera poder reabrir pelo menos parcialmente.
O Executivo alertou, porém, que isto não será possível pelo menos até julho, se a situação de saúde houver melhorado até então.
Em Coventry, Scott considera instalar telas protetoras para separar clientes e funcionários e limitar o fluxo na entrada.
Na opinião de Jennings, o pub permanecerá no coração da vida britânica: "O pub claramente está aqui para ficar".
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