União Europeia recomenda distância física e máscaras para viagens aéreas
A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) recomendaram medidas de distanciamento físico "quando possível" e o uso de uma máscara médica para viagens aéreas.
Em um documento divulgado nesta quarta-feira (20), os dois organismos da UE emitiram diretrizes para "garantir a segurança dos passageiros aéreos e dos trabalhadores da aviação para retomar os voos".
"O protocolo tranquilizará os passageiros sobre a segurança de suas viagens aéreas e, assim, ajudará a indústria a se recuperar dos efeitos dessa pandemia", segundo a comissária europeia de transportes, Adina Valean.
"Garantir a segurança da saúde é um fator crucial para a retomada de voos comerciais", afirmou o diretor executivo da EASA, Patrick Ky.
"Agora cabe às companhias aéreas e aeroportos adaptar as recomendações às suas instalações e operações", acrescentou.
As agências recomendam que todos os passageiros e pessoal aéreo usem máscaras médicas desde o momento em que entram no aeroporto de partida até chegarem ao destino, com uma possível exceção para crianças menores de seis anos.
Essas máscaras devem ser trocadas a cada quatro horas e os passageiros devem garantir que tenham unidades suficientes, mas as empresas também são incentivadas a ter um estoque para atender às necessidades.
Também recomendam uma distância física de um metro e meio, se possível em todas as etapas da jornada.
No avião, "onde o número de passageiros e a configuração da cabine permitir", as companhias aéreas "devem garantir, na medida do possível, a distância física dos passageiros", por exemplo, deixando pelo menos um assento vazio entre eles, aumentando a distância entre os assentos ou deixando vazio cada duas fileiras.
Se esse distanciamento não for possível, "passageiros e tripulantes devem aplicar constantemente todas as outras medidas preventivas", acrescentaram em suas recomendações.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que reúne 290 companhias aéreas, já manifestou sua oposição a essas medidas de distanciamento físico, acreditando que elas reduziriam a taxa de ocupação de aeronaves abaixo do ponto de equilíbrio e aumentariam os preços das passagens.
Além de medidas de higiene, como lavagem frequente das mãos e desinfecção de equipamentos, as agências europeias também recomendam que os serviços a bordo das aeronaves sejam reduzidos ao "mínimo necessário" e que o acesso aos terminais do aeroporto seja feito apenas por passageiros e funcionários.
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