Agência da ONU recomenda diretrizes de saúde para companhias aéreas
Uso de máscaras, controle de temperatura e desinfecção de aeronaves: a Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) publicou nesta segunda-feira (1) uma série de recomendações de saúde para o setor de aviação, com vistas à retomada dos voos após a pandemia.
O protocolo foi elaborado por uma força-tarefa internacional formada pela ICAO, com sede em Montreal, com a ajuda de outras agências da ONU, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
A aprovação do relatório para a retomada da aviação estava prevista para esta segunda-feira pelo comitê executivo da ICAO.
Na chegada aos aeroportos, os passageiros devem apresentar um atestado de saúde e medir a temperatura. O check-in online deve ser prioridade e as passagens pela segurança devem limitar o contato físico e a espera nas filas. Recomenda-se bilhetes móveis, além de outras formas de tecnologia sem contato, como leituras faciais.
Os passageiros serão incentivados a viajar com o mínimo de bagagem possível, jornais e revistas não serão permitidos a bordo e as vendas no duty-free serão limitadas.
O uso de cobertura facial deve ser obrigatório dentro da aeronave e terminais, onde o distanciamento físico deve ser de pelo menos um metro.
O acesso aos terminais será limitado a funcionários, passageiros e seus acompanhantes, no caso de portadores de deficiência.
A bordo, os passageiros devem se mover o mínimo possível e não fazer fila para ir aos banheiros. Os comissários devem usar viseiras, luvas e máscaras cirúrgicas.
A ICAO não defende a venda de assentos alternados para garantir o distanciamento físico, uma restrição que a indústria aérea vê como uma ameaça à sua lucratividade. Mas pede aos passageiros que fiquem o mais longe possível um do outro.
Também defende alimentos pré-embalados a bordo e uma regular desinfecção das aeronaves.
As checagens verificações de temperatura também devem ser realizadas nas chegadas dos voos.
As medidas não são obrigatórias, mas são o resultado de um amplo consenso que transmite "uma autoridade que as tornará uma referência global pela primeira vez nesta questão desde o início da crise de COVID-19", disse Philippe Bertoux, representante da França no conselho da ICAO.
A ICAO estima que a pandemia vai reduzir o número de passageiros em 1,5 bilhão até o final do ano.
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