Grécia aposta em seu 'sucesso' contra coronavírus para atrair turistas
O governo grego, satisfeito com o "sucesso" de sua batalha contra o coronavírus, aposta agora em reconquistar turistas apesar da conjuntura incerta.
Menos afetada que outros países europeus, a Grécia possui, até o momento, 175 mortes e cerca de 3.000 casos de coronavírus, resultado do qual o governo conservador, após um ano no poder, tenta tirar proveito, minimizando as repercussões da profunda recessão iminente.
Sob o lema "Estamos abertos e os esperamos", a temporada turística 2020 começa oficialmente em 15 de junho, dois meses mais tarde do que o habitual.
As autoridades tomaram todas as medidas adequadas para garantir a saúde pública na próxima temporada de verão, "muito diferente" das anteriores, afirmou o porta-voz do governo Stelios Petsas.
Na reabertura das escolas primárias no início da semana, o primeiro-ministro elogiou a "eficácia" do executivo durante o rigoroso confinamento do país, entre 23 de março e 4 de maio.
Também destacou a "responsabilidade" e o "sangue frio" dos gregos, que respeitaram as proibições de circulação sob pena de multas graves.
Funcionários do governo e meios de comunicação falam constantemente do "sucesso" na gestão da crise.
- Medo de uma propagação -A partir de 15 de junho, os dois principais aeroportos, em Atenas e Tessalônica, estão autorizados a receber visitantes de mais de trinta países, em sua maioria da União Europeia, os principais clientes do país.
A abertura dos aeroportos regionais está prevista para 1º de julho.
A lista de 29 países divulgada originalmente na sexta passada pelo Ministério do Turismo, excluindo os países europeus mais afetados pela COVID-19, aumentou em 24 horas, permitindo agora voos da França, Espanha, Itália e Reino Unido.
Sob a pressão dos profissionais de turismo, o governo grego busca garantir a recuperação do principal setor da economia do país, responsável por cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB).
Uma nova manifestação dos trabalhadores do setor turístico ocorreu em Atenas nesta quinta-feira (04) pedindo mais ajuda pública para os desempregados.
A principal preocupação das autoridades neste momento é o risco de propagação do vírus com a chegada dos turistas. São planejados para os visitantes apenas testes aleatórios, exceto aqueles de regiões mais afetadas pela pandemia, que deverão passar por rigorosas medidas de quarentena.
No entanto, em um país de quase 11 milhões de habitantes, que todo verão recebe milhões de turistas em suas ilhas e seu continente, os temores são claros.
O porta-voz do governo Stelios Petsas pediu "vigilância" e enfatizou que "a responsabilidade individual e a maturidade coletiva são nossa bússola para o retorno à normalidade".
Os protocolos de higiene são adaptados diariamente aos "dados epidemiológicos", afirma o governo.
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