Bruxelas recomenda reabrir as fronteiras internas da UE em 15 de junho
A Comissão Europeia recomendou nesta quinta-feira (11) suspender em 15 de junho os controles aplicados meses atrás nas fronteiras europeias para conter a propagação do coronavírus.
"Pedimos a todos os Estados-membros que levantem as restrições nas fronteiras internas na segunda-feira", disse a comissária de Assuntos Internos, Ylva Johansson, um pedido que se mostra difícil.
Em um momento em que a maioria dos países já as levantaram ou planejam fazê-lo em breve, Espanha e Portugal preveem reabrir sua fronteira comum em 1o de julho. França manterá as suas com a Espanha até 21 de junho.
A Dinamarca planeja reabrir seu território aos viajantes da União Europeia (UE) e do Reino Unido no final do verão boreal. Já alemães, noruegueses e islandeses poderão visitá-la a partir de 15 de junho.
Johansson reconheceu que alguns países podem precisar de "mais uma ou duas semanas", mas pediu que "reabram por completo" o espaço europeu de livre circulação Schengen antes de abrir a fronteira exterior do bloco.
Quanto a este último, Bruxelas solicita reabri-lo a partir de 1o de julho para os países dos Balcãs e para um determinado número de países terceiros, com base na evolução da pandemia em seus territórios.
Os países europeus devem determinar em conjunto quais países permitir a entrada no bloco, levando em conta também a capacidade de aplicar medidas de contenção e a reciprocidade.
Os países da UE, exceto a Irlanda, e outros quatro do espaço de livre circulação Schengen —Suíça, Liechtenstein, Noruega e Islândia— fecharam suas fronteiras às viagens "não essenciais" em 17 de março.
Mas com a chegada da lucrativa campanha de verão, em um momento no qual a propagação do vírus —que deixou mais de 185.000 mortos na Europa— parece controlada, a Europa busca se abrir novamente ao turismo.
A Comissão Europeia pode apenas propor. A decisão de abrir as fronteiras corresponde a cada país. A Grécia, dependente do turismo, já indicou sua intenção de reabri-las em 15 de junho para países como Austrália.
O executivo da comunidade propõe permitir a entrada de estudantes internacionais, além de médicos e pesquisadores, de países que ainda aplicam limitações para viagens à Europa.
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