Entre onda de calor e pandemia, polícia britânica libera praias lotadas
A onda de calor que atingiu a Europa levou os britânicos para as praias em massa, nesta quinta-feira (25), o que fez as autoridades locais chamarem a polícia para dispersar a multidão, em meio à pandemia de coronavírus.
No dia mais quente do ano no Reino Unido, a temperatura atingiu 33,3 graus Celsius no aeroporto londrino de Heathrow.
Apesar da orientação para que se mantenha a distância física para impedir a propagação da COVID-19, multidões encheram as praias.
Por conta do grande fluxo de visitantes, a prefeitura de Bournemouth, uma cidade litorânea no sul da Inglaterra, declarou "incidente grave", desencadeando uma resposta coordenada da polícia e dos serviços de resgate.
Em um comunicado, a prefeitura condenou a atitude "irresponsável" e "chocante" dos banhistas.
As autoridades locais emitiram mais de 500 multas por estacionamento ilegal e enfrentaram violações da proibição de acampar, assim como de abuso verbal por parte do público.
Na manhã desta quinta-feira, mais de 33 toneladas de lixo foram coletadas na costa da cidade.
"Não estamos em condições de receber tantos visitantes neste momento (...) Por favor, não venham, não estamos prontos para recebê-lo", disse a prefeita Vikki Slade.
As autoridades de saúde britânicas recomendam, atualmente, manter uma distância de dois metros entre as pessoas para impedir a propagação do novo coronavírus.
O número de mortos no Reino Unido passa de 43.000 pessoas.
Essa distância será reduzida para um metro para permitir a reabertura de bares, restaurantes, salões de beleza e cinemas, no dia 4 de julho, mas somente se forem tomadas medidas para reduzir o risco, como o uso de equipamentos especiais de proteção, ou ventilação.
"Continuamos em uma crise de saúde, e o grande número de pessoas que visitam nossa região aumenta a pressão sobre nossos serviços de resgate", explicou Sam de Reya, da polícia local.
O calor se abateu com força sobre grande parte da Europa esta semana, com termômetros acima dos 30 graus nos países escandinavos.
Essa onda de altas temperaturas, a primeira desde que o novo coronavírus atingiu a vida dos europeus, deve desaparecer no fim de semana.
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