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Nova York lança campanha inédita para reativar o turismo

Nova York vai investir cerca de 30 milhões de dólares na campanha para impulsionar o turismo - Getty Images/iStockphoto
Nova York vai investir cerca de 30 milhões de dólares na campanha para impulsionar o turismo Imagem: Getty Images/iStockphoto

21/04/2021 18h18

Como fazer os turistas voltarem? Depois de uma campanha de vacinação contra a covid-19 bem-sucedida e uma taxa de testes positivos inferior a 5%, Nova York espera recuperar sua atratividade antes de outras grandes cidades e lançará em junho uma campanha de magnitude inédita para atrair visitantes.

Dizer aos americanos e aos turistas internacionais que "Nova York despertou" custará 30 milhões de dólares, uma quantia inédita proposta nesta quarta-feira (21) pelo prefeito Bill de Blasio e pelo presidente da agência turística municipal, Fred Dixon.

Como as viagens ainda estão restritas, a mensagem nos veículos tradicionais, redes sociais e nos discursos de "influencers" terá como alvo principal os americanos, começando pelos amigos e parentes de nova-iorquinos que serão convidados para "visitá-los". Depois, se a pandemia permitir, será estendido a uma audiência mundial, explicou Dixon.

"Havia 400.000 empregos ligados ao turismo antes da pandemia, eles vão voltar", garantiu De Blasio em coletiva de imprensa. "Nova York despertou, devemos dizer às pessoas que estamos abertos, que estamos seguros (...). Isso não vai acontecer do dia para a noite, nós sabemos, mas vai acontecer".

O que está em risco é considerável para uma cidade que antes da pandemia era uma das mais visitadas do mundo, com um recorde de 66,6 milhões de visitantes em 2019. A quantidade de turistas caiu para 22 milhões em 2020.

Grandes investimentos pré-pandemia devem ser compensados, como o centro de convenções Javits Center que custou 1,2 bilhão de dólares, ou a renovação do aeroporto de LaGuardia, de 8 bilhões.

A aposta não está ganha de antemão: os bairros comerciais estão desertos há 13 meses, a maioria dos trabalhadores continua trabalhando de casa, o que prejudica financeiramente um vasto ecossistema de restaurantes, comércios e hotéis. Além disso, a criminalidade está em alta, o que relembra algumas pessoas da cidade suja e às vezes perigosa que foi Nova York nos anos 1970-80.

Apesar do início da recuperação das atividades esportivas e de alguns entretenimentos, ainda não se pode acessar atrações-chave como os musicais da Broadway: seu retorno está previsto para setembro, embora a agência de turismo não descarte que a data seja antecipada.

Nessas condições, Nova York espera receber uma grande quantidade de turistas em 2023. O governo municipal estima que a maior cidade dos Estados Unidos alcançará nesse ano seu nível de pré-pandemia, 64,7 milhões de visitantes, e retomará seu crescimento a partir de 2024, com 69 milhões de turistas.