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Zimbábue libera caça de elefantes ameaçados de extinção: "geramos dinheiro"

Turistas observando os elefantes no Parque Nacional Hwange, maior reserva do Zimbábue - Francois LOCHON/Gamma-Rapho via Getty Images
Turistas observando os elefantes no Parque Nacional Hwange, maior reserva do Zimbábue Imagem: Francois LOCHON/Gamma-Rapho via Getty Images

26/04/2021 16h25

O Zimbábue está vendendo licenças para caçar até 500 elefantes este ano, informou nesta segunda-feira (26) a Agência de Vida Selvagem, algumas semanas depois de esses animais serem declarados como em risco de extinção.

O porta-voz da Autoridade de Gestão de Parques e Vida Selvagem, Tinashe Farawo, disse à AFP que a caça de elefantes está permitida durante a temporada de chuvas, entre abril e outubro.

Farawo destaca que a caça de um só elefante pode render até 10.000 dólares:

Autorizamos a caça de no máximo 500 elefantes, é com isso que geramos dinheiro".

Os caçadores "precisam cada vez mais de equipe de assistência, como rastreadores, caçadores, guardas de segurança e cozinheiros", acrescentou.

Elefante alcançando uma árvore no Parque Nacional de Mana Pools - Godong/Universal Images Group vi - Godong/Universal Images Group vi
Elefante alcançando uma árvore no Parque Nacional de Mana Pools
Imagem: Godong/Universal Images Group vi

No entanto, os grupos de conservação têm se manifestado, expressando sua preocupação com a caça de espécies mais ameaçadas de extinção.

No mês passado, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), com sede na Suíça, incluiu em sua lista o elefante da savana africana "em risco", e o elefante da floresca africana já "em risco crítico".

Apesar da queda da população, o Zimbábue enfrenta um excesso de elefantes, estimados em cerca de 84.000 para uma capacidade de 50.000 em condições adequadas.

As secas frequentes somaram-se às tensões nos parques nacionais saturados, o que obriga alguns elefantes a buscarem comida e água mais longe.

Alguns invadem assentamentos humanos, destroem cultivos e ocasionalmente matam pessoas que cruzam seu caminho.

Farawo defendeu a decisão de seguir com a entrega de permissões de caça, afirmando que a prática está vigente desde 1991 e que "não é necessário fazer barulho com isso".