Arquiteto de Burkina Fasso ganha o Pritzker 2022, o "Nobel" da área
O prêmio Pritzker, a mais alta distinção do mundo da arquitetura, foi entregue, nesta terça-feira, ao arquiteto burquinês Diébédo Francis Kéré, anunciaram os organizadores.
Kéré foi premiado pelos seus conceitos "pioneiros" que são "sustentáveis para a Terra e para seus habitantes em terrenos de extrema escassez", disse Tom Pritzker, presidente da la Hyatt Foundation que patrocina o evento.
Com dupla cidadania de Burkina Fasso e Alemanha, Kéré é o 51º agraciado pelo prestigioso prêmio.
Conhecido por construir escolas, centros de saúde, habitações, edifícios e espaços públicos em muitos países da África, entre eles Benin, Burkina Faso, Mali, Togo, Quênia, Moçambique e Sudão.
"É tanto um arquiteto como um servidor, pois melhora a vida e as experiências de inúmeros cidadãos em uma região do mundo, às vezes, esquecida", disse Pritzker.
O texto acrescenta que Kéré "empodera e transforma as comunidades por meio da arquitetura", desenhando edifícios "onde os recursos são frágeis e a colaboração é vital"
"Por meio do seu compromisso com a justiça social e o uso inteligente de materiais locais para conectar-se e responder ao clima natural, trabalha em países marginalizados cheios de limitações e adversidades, onde a arquitetura e a infraestrutura estão ausentes, disse os organizadores.
Kéré foi elogiado por um projeto para uma escola primária em Burkina Fasso e realizou exposições individuais nos museus de Munique e Filadélfia.
Também foi um dos arquitetos que trabalhou no Museu Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho de Genebra.
Em 2017, Kéré se consagrou como o primeiro arquiteto africano a desenhar um painel temporário no Hyde Park de Londres, uma prestigiosa tarefa que um arquiteto de fama mundial assina a cada ano.
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