Um quarto dos voos de quinta são cancelados no aeroporto de Paris por greve
Quase 25% dos voos programados para a manhã de quinta-feira (9) no aeroporto parisiense Charles de Gaulle foram cancelados devido a uma greve de funcionários para exigir aumentos de salário, informou a autoridade aeroportuária ADP.
A Direção Geral de Aviação Civil Francesa (DGAC) pediu às companhias que recuem o número de voos entre 7h00 e 14h00 de quinta-feira.
Vários aeroportos europeus registraram recentemente importantes problemas de gestão por falta de funcionários.
A Air France, principal empresa que opera no Charles de Gaulle, já anunciou o cancelamento de 85 voos de curta e média distâncias para atender ao pedido da DGAC. Estão previstas, também, "alterações de horários em voos longos", acrescentou a empresa, especificando que "os clientes afetados serão contactados diretamente".
Todos os sindicatos de trabalhadores que atuam no aeroporto de Roissy (CGT, FO, CFDT, CFTC, CFE-CGC, Unsa e SUD) exigem um aumento salarial de 300 euros (R$ 1.573,20).
"Apesar da retomada do tráfego aéreo e dos lucros obtidos, nosso trabalho não é remunerado pelo valor justo. Tudo aumenta, menos a nossa remuneração", denunciam em um panfleto conjunto.
Os sindicatos estimam em 15 mil o número de empregos perdidos, em dois anos, no setor de aviação devido à pandemia de covid-19, o que resulta em sobrecarga dos funcionários atuantes. Diante de problemas de recrutamento, o presidente da ADP anunciou no fim de abril que 4 mil vagas seriam preenchidas nos aeroportos de Orly e Roissy, o Charles de Gaulle.
Os aeroportos de Amsterdã-Schiphol, nos Países Baixos e Frankfurt, na Alemanha, assim como outros terminais no Reino Unido já tiveram voos cancelados nas últimas semanas devido à falta de equipe de suporte em terra.
(*Com informações da RFI)
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