Brasil terá mais um voo direto para o Qatar, país-sede da Copa do Mundo
O ministro do Turismo, Gilson Machado, anunciou nesta quarta-feira (17) que, a partir de fevereiro do ano que vem, o Brasil terá uma nova conexão direta com Doha, no Catar.
O voo será operado pela companhia aérea Qatar Airways, ligando a capital do emirado ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Atualmente, a Qatar Airways, uma das maiores empresas aéreas do mundo, já opera voos diários entre Doha e São Paulo, chegando no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
"Até fevereiro, ela [Qatar Airways] vai começar a voar para o Rio de Janeiro, [com] um equipamento Boeing 777. Isso é formidável, uma notícia ótima, e mostra a confiança e recuperação do turismo no Brasil", disse Machado em vídeo postado numa lista de transmissão do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o ministro, a informação foi confirmada pelo presidente da Qatar Airways, Akbar Al Baker, durante reunião com autoridades brasileiras. Na gravação, o ministro aparece ao lado do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que comemorou a novidade. "Uma excelente notícia para o Brasil, em especial, para o meu estado".
O ministro, que acompanha o presidente Jair Bolsonaro em viagem oficial ao Oriente Médio, informou ainda que os voos da companhia aérea do Catar para o Brasil estão com ocupação média de 65%, o que, segundo ele, demonstra uma recuperação do setor de turismo, fortemente afetado pela pandemia.
Viagem
Na última parada de seu giro pelo Oriente Médio, na região do Golfo Pérsico, o presidente Jair Bolsonaro chegou nesta manhã a Doha. Após desembarcar, ele fez um balanço parcial dos encontros com autoridades, apresentado em vídeo publicado nas redes sociais. Bolsonaro disse que "muitos acordos" foram assinados, incluindo de turismo na Região Amazônica.
No quarto do hotel onde está hospedado, em Doha, Bolsonaro mencionou que a diária custa em torno de R$ 40 mil, mas que os custos são das autoridades locais, assim como ocorreu nos países anteriores, onde ele também gravou vídeos semelhantes.
No quinto dia de viagem oficial pela região, depois de ter passado pelos Emirados Árabes e pelo Bahrein, o presidente teve no Catar, como primeiro compromisso, uma reunião com o emir Tamim bin Hamad Al-Thani, líder máximo do país, que é um emirado controlado por uma aristocracia árabe.
Após o encontro, o presidente fez um passeio de moto para visitar o estádio Lusail, um dos que vão sediar a Copa do Mundo de 2022.
O último compromisso oficial do presidente será um jantar com empresários do país.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a visita tem o objetivo de fazer avançar as relações comerciais e de investimento, incluindo a assinatura de um acordo de cooperação e facilitação de investimentos (ACFI).
O Brasil também pretende atrair investimentos dos árabes. Atualmente, o fundo soberano do Catar controla mais de US$ 300 bilhões — ou R$ 1,66 trilhões — em ativos, com um portfólio global e variado, mas com escassa presença no Brasil.
Em 2020, as trocas comerciais entre Brasil e Catar foram de US$ 774,7 milhões, cerca de R$ 4,29 bilhões.
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