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Vencedora do Masterchef cozinhou para Lula na véspera de crítica à comida do Itamaraty

A chef Elisa Fernandes, vencedora da primeira edição do "MasterChef Brasil" da Band - Reprodução/Instagram
A chef Elisa Fernandes, vencedora da primeira edição do 'MasterChef Brasil' da Band Imagem: Reprodução/Instagram

Isabella Alonso Panho

do Estadão Conteúdo, em São Paulo

28/06/2023 16h31

Um dia antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer, em tom bem-humorado, que "tem brigado" com o Itamaraty para melhorar cardápio servido aos convidados, a chef de cozinha Elisa Fernandes, vencedora da primeira edição do reality "MasterChef Brasil", em 2014, havia coordenado as refeições do palácio.

Nas redes sociais, nesta segunda-feira (26), ela publicou um vídeo comemorando a oportunidade. "Como que aguenta essa energia surreal do Itamaraty? Até me lembra a época que eu queria ser diplomata", disse a chef da cozinha. A postagem coincide com a data de um almoço que Lula teve com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Foi o quinto encontro entre os dois em seis meses.

As declarações do presidente sobre a comida do Itamaraty foram feitas durante a sua live semanal, na manhã desta terça-feira (27). Em tom de brincadeira, Lula disse ao jornalista Marcos Uchôa, que conduz os encontros, que a comida servida em eventos institucionais tem porções pequenas: "eu gosto de quantidade".

"Eu posso viajar o mundo inteiro. Comer no mundo inteiro. Se eu chegar em casa e tiver um pouquinho de feijão com arroz, um bife e dois ovos fritos, para mim, é o melhor prato do mundo", afirmou Lula.

Em outro momento da live, ainda em tom de brincadeira, ele falou que tem solicitado melhoras na comida. "Eu tenho brigado com o Itamaraty para melhorar a comida. A comida não está boa."

Como mostrou o Estadão, nos seis primeiros meses do ano, R$ 4,4 milhões foram gastos com banquetes em eventos oficiais. Essa verba saiu do Ministério das Relações Exteriores. A empresa responsável por essas refeições, a Open House & Crystal Palace, disse, por meio de seu sócio, que no começo das gestões esses ajustes "são normais". Procurada, Elisa não foi localizada.