Após 5 meses guardadas, obras de Monet serão expostas em Bolonha
Após cinco meses dentro das caixas de transporte, as obras da mostra "Monet e os impressionistas" serão expostas ao público no Palazzo Albergati, em Bolonha, na Itália, a partir deste sábado (29). A exposição segue até 14 de fevereiro de 2021.
As peças saíram pela primeira vez do Museu Marmottan Monet, em Paris, e deveriam ter sido mostradas entre 13 de março e 12 de julho em Bolonha. No entanto, a partir do dia 10 de março, o governo da Itália baixou um decreto de lockdown para evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), fechando assim museus e equipamentos culturais por todo o país.
Só que, com o consequente fechamento das fronteiras entre os países-membros da União Europeia, os 57 quadros não poderiam ser enviados de volta ao museu de origem, ficando assim, por mais de cinco meses, dentro das caixas de transporte.
Além dos quadros de Monet, a mostra inclui obras de outros mestre do impressionismo como Renoir, Manet, Degas, Corot, Sisley, Calleibotte, Morisot, Boudin, Pissarro e Signac.
Entre os principais quadros, estão o "Nenúfares", 1916-1919, de Monet; "Retrato de Madame Ducros", de 1858, de Degas; e "Retrato de Julie Manet", de 1894, de Renoir Segundo os organizadores, a abertura da mostra agora é um "ato de amor e de coragem" em um momento que ainda apresenta muitas incertezas - os casos de Covid-19 voltaram a aumentar por toda a Itália.
Para a mostra, haverá controle no número de visitantes simultâneos em cada uma das salas, a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção e a disposição de diversos equipamentos com álcool em gel. Conforme a organização, será permitida a entrada de 25 pessoas a cada 20 minutos e a mostra ficará aberta das 10h às 20h (hora local). Apesar de vender ingressos no Albergati, eles "recomendam fortemente" que os visitantes adquiram seus bilhetes através do site com antecedência.
Na abertura para convidados, realizada nesta sexta-feira (28), o governador da região da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini, afirmou que a "cultura não pode e não deve parar" e que o evento do impressionismo é um sinal de "retomada extraordinária para a cidade de Bolonha, com uma mostra que tem uma qualidade com poucas iguais" no mundo.
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