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Cervejaria de 5 mil anos, a mais antiga do mundo, é descoberta no Egito

Imagem divulgada pelo governo do Egito mostra área utilizada para produção de cerveja no sítio arqueológico de Abidos - 13.fev.2021 - Divulgação/AFP
Imagem divulgada pelo governo do Egito mostra área utilizada para produção de cerveja no sítio arqueológico de Abidos Imagem: 13.fev.2021 - Divulgação/AFP

Em Roma (Itália)

15/02/2021 13h19

Um grupo de arqueólogos norte-americanos e egípcios descobriram uma estrutura histórica de uma cervejaria. Especialistas estimam que ela tenha 5.000 anos, o que a torna a mais antiga cervejaria já descoberta no mundo. A notícia foi divulgada no sábado (13) pelo Ministério do Turismo e Antiguidades e repercutida pela mídia local.

A cervejaria ficaria na cidade de Abidos, conforme informou o secretário-geral do Conselho Egípcio de Antiguidades, Mostafa Waziri, em uma área de uma antiga necrópole localizada cerca de 250 km ao sul do Cairo.

A principal hipótese é que ela tenha sido erguida durante o período do rei Narmer, considerado como o primeiro faraó do Egito unificado e também conhecido como faraó Menés. A Primeira Dinastia durou entre 3.150 a.C a 2.613 a.C e os arqueólogos estimam que a cervejaria é de 3.000 a.C.

A missão foi liderada por Matthew Adams, do Instituto de Belas Artes de Universidade de Nova York, e por Deborah Vischak, professora da história da arte do antigo Egito na Universidade de Princeton.

Adams acredita que a cervejaria, que tinha capacidade de produção de 22,4 mil litros da bebida, era usada exclusivamente para os ritos funerários dos faraós e reis. No local, foram encontrados oito pontos de produção, com 20 metros de comprimento e 2,5 metros de largura. Cada uma deles tinha 40 potes de cerâmica para fazer o processo de fermentação e preparação da cerveja.