Itália ganha primeira batalha contra "prosecco fake" fabricado na Croácia
O ministro das Políticas Agrícolas, Alimentares e Florestais da Itália, Stefano Patuanelli, afirmou neste sábado (18) que está "decididamente otimista" sobre a avaliação negativa da União Europeia para o vinho espumante croata Prosek, que "imita" o tradicional prosecco italiano.
"Os motivos pelos quais foi proibido o uso do nome Tocai em nosso país serão idênticos à razão pela qual a UE irá proibir a Croácia de usar o Prosek", disse o italiano durante a coletiva de imprensa final do G20 da Agricultura, em Florença.
A declaração foi dada após a Itália realizar uma série de protestos, alegando que a bebida é uma cópia do prosecco e que o reconhecimento com um selo de indicação geográfica protegida (IGP) era algo "absurdo".
"O comissário lembrou acertadamente que não houve fase de decisão da comissão. Ele admitiu a questão, mas não agiu quanto ao mérito da questão. Nós ativamos uma mesa técnica", explicou.
A princípio, o espumante croata Prosek deveria ter recebido o selo dia 14 de setembro, mas a decisão ainda não foi publicada na Gazeta Oficial do bloco. O governo italiano argumenta que uma decisão da Corte de Justiça já barrou a certificação do champanillo espanhol por considerar que ele era muito semelhante ao champagne da França.
Além disso, os italianos afirmam que o selo IGP no Prosek pode levar o consumidor "ao engano" na compra.
"A mesa técnico de proteção do prosecco nos levará a fazer contra deduções muito precisas e estou otimista de que não haverá caminho danoso para a denominação de origem mais importante vitivinícola em quantidade e valor acrescentado", concluiu Patuanelli.
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