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Vaticano reforça regras sanitárias e impõe certificado vacinal

Vista da Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano - Mikhail Japaridze/TASS via Getty Images
Vista da Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano Imagem: Mikhail Japaridze/TASS via Getty Images

23/12/2021 18h15

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, publicou um novo decreto nesta quinta-feira (23) em que reforça as regras sanitárias contra covid-19 e passa a obrigar a apresentação do certificado de vacinação para funcionários e visitantes. A medida entra em vigor imediatamente.

Segundo o documento, a decisão foi tomada "considerando a duração e o agravamento da atual situação da emergência sanitária, a necessidade de adotar medidas adequadas para combatê-la e a garantia do desenvolvimento das atividades em segurança".

A nova regra será válida para "todo o pessoal (Superiores, Oficiais e Auxiliares) dos Dicastérios, organismos e escritórios que compõem a Cúria Romana e as Instituições Coligadas com a Santa Sé, e se estende a colaboradores externos e aqueles que, a qualquer título, desenvolvem atividades nos mesmos entes, ao pessoal de empresas externas e a todos os visitantes e usuários".

Para todos os funcionários, será aceito o "super passe verde" italiano, o certificado sanitário que atesta apenas se a pessoa está vacinado do coronavírus Sars-CoV-2 ou se se curou da doença a menos de seis meses. Caso a pessoa não apresente o documento, "será considerada uma falta injustificada" e haverá a suspensão do pagamento salarial durante o período de ausência.

Já para quem for prestar qualquer tipo de serviço para os entes vaticano e que tenham contato com o público, a partir de 31 de janeiro de 2022, será aceito apenas o documento que comprove a vacinação completa com a dose de reforço. Nesse caso, não será possível apresentar o comprovante de cura ou um teste negativo.

Para qualquer tipo de exceção à regra, será necessário que o responsável pelo ente vaticano comunique seus superiores para uma decisão. Já no caso de pessoas que venham de países em que há "um risco elevado de contágio", as autoridades sanitárias vaticanas poderão dispor de novas regras a serem comunicadas.

A decisão desta quinta-feira reforça as regras publicadas em setembro desse ano, quando o Vaticano passou a exigir a apresentação do passe verde italiano ou da União Europeia para entrar na cidade-Estado, com exceção das missas. No entanto, nessa época, o certificado também permitia a entrada de pessoas não vacinadas, mas com teste negativo para a covid-19 nas 48 horas ou 72 horas anteriores dependendo do exame.

O papa Francisco já tomou as suas três doses da vacina da Pfizer/BioNTech, a única comprada pelo Vaticano, e que foi usada na vacinação dos religiosos, funcionários e familiares e dos moradores de rua atendidos pela Santa Sé.