Topo

Itália reimpõe uso de máscaras ao ar livre e fecha discotecas

Posto de testagem para covid-19 ao lado de enfeites de Natal em Roma, na Itália - Filippo MONTEFORTE / AFP
Posto de testagem para covid-19 ao lado de enfeites de Natal em Roma, na Itália Imagem: Filippo MONTEFORTE / AFP

24/12/2021 09h43

Com o avanço da nova onda da covid-19 e o temor sobre a velocidade de transmissão da variante Ômicron, o governo italiano reimpôs nesta quinta-feira (23) uma série de regras sanitárias, entre elas, a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre.

As medidas entram em vigor a partir do dia 24 de dezembro e foram tomadas com base nas recomendações do Comitê Técnico-Científico (CTS) de combate à pandemia e com anuência dos ministros e governadores.

Além do uso ao ar livre, as máscaras deverão ser obrigatoriamente do tipo PFF2 para entrada em locais fechados — lojas, museus, estabelecimentos públicos, cinemas, teatros, eventos esportivos, estádios, entre outros — e também no transporte público. A previsão é de que a regra fique em vigor até 31 de janeiro de 2022.

Outra decisão tomada pelo Conselho de Ministros diz respeito à validade do passaporte sanitário, que passará de nove para seis meses a partir do dia 1º de fevereiro De acordo com o ministro da Saúde, Roberto Speranza, o intervalo da dose de reforço da vacina anti-covid também mudará de cinco para quatro meses, após o aval oficial da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), que deve ser dado nesta sexta-feira (24).

Além disso, outro ponto concordado foi a extensão da exigência do "super passe verde", o certificado sanitário italiano que atesta a vacinação ou a cura da covid-19 nos últimos seis meses, para acessar a parte interna de bares e restaurantes até 31 de janeiro. Ele também foi estendido para estádios, piscinas públicas, centros culturais, centros termais e de bem-estar, centros sociais, locais de esqui e salas de jogos. Esses locais só exigiam o teste negativo para a entrada.

No setor de alimentação, também está proibido o consumo de comida e bebidas em áreas fechadas de cinemas, teatros e em eventos esportivos. O consumo deve ser sempre ao ar livre.

Até o fim de janeiro está proibido fazer festas com aglomerações em áreas abertas. Já os salões de dança, discotecas e atividades similares terão que permanecer fechados também pelo mesmo período, com o objetivo de reduzir a propagação do vírus.

Depois de reabertos e até 31 de março, para entrar em baladas e salões de dança, será necessário apresentar um teste negativo para a doença para quem não tiver tomado ainda a dose de reforço.

"O governo elevou o nível de precauções. Chegam os feriados, o Natal e o Ano Novo, e é importante que o comportamento individual seja adequado. Máxima atenção, prudência, máscaras, higiene e distância", disse o ministro da Saúde.

Durante as festividades de fim de ano, não haverá limitação no número de pessoas que podem se encontrar para as celebrações nas residências, como ocorreu no ano passado.

Em relação às escolas, o Ministério da Saúde, com apoio da Defesa, fará uma triagem extraordinária dos alunos para detectar casos positivos nas instituições.

A Itália, porém, adiou a decisão sobre a vacinação obrigatória para os funcionários públicos, que estenderia a regra que já vale para operadores sanitários e escolares e para policiais e militares.

O país vive uma nova onda de casos desde a metade de outubro, com uma aceleração agora em dezembro. Apesar da média de contágios estar próxima dos 30 mil por dia, em patamares iguais ao do fim do ano passado, a de mortes está subindo em um nível bem menor, estando em cerca de 135 por dia (contra 600 do ano passado).