Topo

Itália prorroga a validade do passe sanitário para vacinado com reforço

Nápoles, na Itália: O passe verde do país foi fortalecido e dá mais liberdade a quem foi vacinado - Getty Images
Nápoles, na Itália: O passe verde do país foi fortalecido e dá mais liberdade a quem foi vacinado Imagem: Getty Images

da ANSA, em Roma

03/02/2022 10h23

O governo da Itália aprovou nesta quarta-feira (2) um decreto que elimina a limitação temporária do passaporte sanitário para quem recebeu a terceira dose da vacina e atualiza outras regras anti-covid no país.

"Prorrogamos a validade do passe verde após o reforço, que é de seis meses. A avaliação do governo é não estabelecer limites ao passe sanitário para quem tem o reforço, que hoje são 34 milhões de italianos", afirmou o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, durante coletiva de imprensa.

O decreto determina que os certificados sanitários emitidos após a terceira dose são eficazes. Desta forma, o passe verde terá duração ilimitada para quem completou o ciclo de vacinação e também para aqueles que tiveram a infecção após duas doses.

Além disso, as restrições impostas nas regiões classificadas como "vermelhas" devem ser respeitadas apenas por pessoas não imunizadas.

Segundo o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, as novas medidas "vão no sentido de uma reabertura ainda maior do país" e esse caminho será mantido durante as próximas semanas.

Em relação aos estrangeiros, todos que visitam a Itália e possuem certificado de cura ou vacinação com dose autorizada ou reconhecida na Itália terão permissão de acessar as atividades e serviços após a realização de um teste de antígeno rápido (validade de 48 horas) ou molecular (validade de 72 horas), no caso de já terem decorrido mais de seis meses desde a conclusão do ciclo de vacinação ou recuperação.

Já no que diz respeito à escola, o decreto prevê que, a partir do ensino fundamental, e alunos vacinados não irão mais para o ensino a distância.

As regras serão válidas em todos os anos escolares: no jardim de infância, os alunos voltarão para o ensino à distância após a constatação de cinco casos positivos de covid; na escola primária, somente os não vacinados vão para o digital a partir de cinco casos; no ensino secundário, os não imunizados voltam para as aulas à distância após dois casos positivos.

"É hora de começar a construir um novo tempo", disse Speranza.

Apesar da divulgação do decreto, o documento não foi aprovado por unanimidade, tendo em vista que o partido de extrema-direita Liga rejeitou a proposta envolvendo a quarentena escolar, alegando que é uma forma de discriminação contra crianças não vacinadas.

As novas regras entrarão em vigor no dia seguinte à publicação no Diário da República.