Barcos da Segunda Guerra ressurgem no rio Pó após seca no norte da Itália
Vários destroços e embarcações da Segunda Guerra Mundial ressurgiram do rio Pó, no norte da Itália, em decorrência da severa seca enfrentada no trecho entre Pomponesco, em Mântua, e Gualtieri, em Reggio Emilia, nos últimos dias.
Além de um tanque das tropas alemãs em Sermide, na área de Mântua — onde equipes estão tentando recuperá-lo para exibi-lo em um museu —, uma antiga embarcação também reapareceu em Gualtieri.
Samuele Bernini, voluntário do Museu da Segunda Guerra Mundial em Sermide e Felonica, encontrou o destroço em 25 de março depois de ver folhas de metal saindo da areia.
De acordo com Simone Guidorzi, diretora do museu local, "os alemães abandonaram vários veículos nesta área, muitos foram imediatamente recuperados, mas este acabou em águas profundas".
"Agora vamos exibi-lo em nosso museu", disse.
Além do tanque, um grande barco naufragado pelo bombardeio nazista também ressurgiu do fundo do rio Pó.
"Para nós, moradores, isso não é novidade. No sentido de que desde os anos 2000, pelo menos seis meses por ano, conseguimos ver essas embarcações afundadas", disse à ANSA o prefeito de Gualtieri, Renzo Bergamini, ressaltando que têm sido criadas iniciativas para levar turistas e cidadãos ao local para ouvir as histórias antigas.
De acordo com reconstruções históricas, neste trecho do rio há duas embarcações naufragadas, o "Zibello" e o "Ostiglia", com cerca de 50 metros de comprimento cada, construídos no estaleiro Giudecca em Veneza, com o metal doado pela Áustria como dívida de guerra.
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