Itália abrirá museu com obras de igrejas afetadas por terremoto
Um novo museu será inaugurado no próximo dia 11 de junho, na província de Macerata, com obras de arte recuperadas de igrejas danificadas pela série de terremotos que atingiu a região central da Itália em 2016.
As relíquias serão expostas no Museu de Arte Recuperada (MArec), no interior do palácio arcebispal da Arquidiocese de Camerino e San Severino Marche, na região das Marcas.
Segundo os organizadores, o patrimônio é muito rico e inclui joias autênticas, como a Madonna del Monte, de Lorenzo d'Alessandro, ou a estátua de madeira da Madonna di Macereto.
As muitas obras, de todas as épocas, foram selecionadas para compor uma pintura mais representativa da arte sacra, produzida entre os séculos 13 e 18. O objetivo é mostrar parte do patrimônio que as igrejas da Arquidiocese possuem.
De acordo com o arcebispo local, dom Francesco Massara, o museu do renascimento dará "uma nova esperança a este território severamente castigado pelo terremoto", junto com "um laboratório de restauro onde a criatividade artística poderá juntar-se à vontade de construir com o próprio talento um futuro finalmente brilhante".
"Depois da destruição causada pelo terremoto de 2016 no centro da Itália, o renascimento passa também pela recuperação de obras de arte", concluiu o religioso.
Na madrugada de 24 de agosto de 2016, um terremoto de magnitude 6.0 na escala Richter desencadeou uma das mais intensas e duradouras sequências sísmicas deste século na Itália e levou ao chão vilarejos inteiros no centro do país.
Além de Amatrice, o abalo sísmico devastou a vizinha Accumoli (ambas ficam na região do Lazio) e Pescara del Tronto, distrito de Arquata del Tronto, na região de Marcas. Ao todo, foram 299 mortos.
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