Greve provoca cancelamento de centenas de voos e filas enormes na Itália
Centenas de voos foram cancelados neste domingo (17) nos principais aeroportos da Itália em decorrência de uma greve dos controladores da Entidade Nacional de Assistência ao Voo (Enav) e dos pilotos de algumas das principais companhias aéreas de baixo custo, como Ryanair, Vueling, Ita, Wizz Air, Easyjet e Volotea.
A companhia aérea estatal da Itália Ita Airways previu o cancelamento total de 122 voos devido à paralisação e ativou um "plano extraordinário para limitar os inconvenientes dos passageiros", remarcando o maior número possível de voos (50%) para hoje ainda.
De um total de cerca de 450 viagens com partida do aeroporto de Fiumicino em Roma, pelo menos 50 estão atualmente cancelados - a maioria das rotas são internas ou na Europa.
No aeroporto Marconi, em Bolonha, são 40 voos cancelados — 20 de chegada e 20 de partida —, enquanto que em Bari há pelo menos 37 suspensos, e em Turim pelo menos 20.
A greve, inicialmente convocada para o dia inteiro, foi limitada a uma duração de quatro horas — das 14h às 18h (horário local) —, mas os efeitos negativos no transporte aéreo estão ocorrendo em um intervalo de tempo mais amplo.
Os voos afetados são nacionais e internacionais, e as companhias aéreas envolvidas não são apenas companhias aéreas de baixo custo, mas, também em menor escala, como Ita Airways e British Airways.
Nos aeroportos milaneses de Linate e Malpensa, 80 voos foram cancelados antecipadamente, entre chegadas e partidas, devido à greve nacional.
"Os aeroportos milaneses ainda estão calmos e não há inconvenientes para os passageiros", informou a empresa que administra os aeroportos.
Segundo a principal entidade de defesa do consumidor da Itália, a Codacons, a greve vai custar às companhias aéreas cerca de 7 bilhões de euros, sendo que as transportadoras terão de pagar mais de 2 bilhões de euros aos passageiros apenas a título de reembolsos e assistência prevista na lei.
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