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Pela primeira vez, Basílica de Veneza usa barreiras contra inundação

Basílica de San Marco, em Veneza, na Itália - iStock
Basílica de San Marco, em Veneza, na Itália Imagem: iStock

da ANSA, em Veneza

07/11/2022 10h01

Pela primeira vez na história, a Basílica de San Marco, no centro histórico de Veneza, usou barreiras instaladas ao redor de toda a igreja para se proteger de inundações.

Os obstáculos são uma solução temporária para defender a basílica do fenômeno conhecido como "acqua alta", quando as águas do Mar Adriático sobem e invadem a Lagoa de Veneza.

A cidade conta com um sistema de comportas marinhas — o "Mose" — que é acionado sempre que a maré ultrapassa os 130 centímetros, mas, como as obras não estão concluídas, as barreiras ainda não podem ser ativadas para cheias menores, como a deste domingo (6), que teve 95 centímetros.

Como medida temporária, a Basílica de San Marco instalou um cinturão de vidro em todo o seu perímetro para evitar que a água invada a igreja e danifique seus mosaicos quando o Mose não é acionado.

As barreiras são fixas, mas pouco interferem no visual do templo religioso, uma vez que são transparentes. O cinturão anti-inundações ainda conta com quatro entradas para passagem de pedestres e que foram fechadas com anteparos de metal para segurar a água.

Enquanto a Praça San Marco registrava uma enchente de 10 centímetros, a basílica continuou inteiramente seca. A expectativa é de que quando o Mose estiver 100% concluído, no fim de 2023, as barreiras de vidro não sejam mais necessárias.