Hospedagens em palácios e casas históricas aumentam na Itália
A busca por estadias em palácios, abadias e residências históricas na Itália está tendo um impulso na retomada do turismo após as duras restrições da pandemia de covid-19.
Segundo os dados da plataforma Airbnb, enquanto a procura na Europa em 2021 por esse tipo de estadia aumentou 54% em relação a 2019 (o ano antes da pandemia), a Itália registrou uma alta de 70%. A pesquisa ainda mostrou que o perfil dos visitantes é formado por casais que fazem viagens mais longas (acima de sete diárias).
Esse tipo de hospedagem, conforme um encontro internacional de turismo realizado em Lisboa, em Portugal, recentemente, ainda é considerado mais "sustentável" e que foge de grandes fluxos.
Esses turistas reservam cerca de 17,5% menos nas 20 cidades mais procuradas da Europa e buscam mais opções não tão famosas — a procura é maior para localidades que não estão entre as 400 mais populares da Itália.
Entre aos locais históricos, estão opções para todos os bolsos, com alguns que cobram poucas dezenas de euros até milhares de euros por noite.
"Meu pai se apaixonou por esse lugar quando eu tinha 12 anos. A abadia é de 1146, mas nós a compramos já como algo bem rudimentar, transformado em um pasto para ovelhas. Foram 20 anos para restaurá-la e hoje o portão está sempre aberto, até para quem quer só fazer um passeio", diz Ippolita Checcoli, dona de uma das casas da plataforma, à ANSA.
A maior parte das propriedades históricas estão em áreas rurais ou pouco povoadas, como no caso do pequeno local medieval de San Benedetto in Perillis.
Afetado pelo grande terremoto que atingiu a região de Abruzzo em 2009, hoje conta com apenas 110 moradores. No local, o casal Paola Di Pietro e Gionatan Paolini tem uma hospedagem que esperam que seja um "projeto pioneiro para outras atividades" locais.
Outro proprietário é Vittorio Betteloni que revitalizou uma residência histórica da família em Valpolicella, onde é possível descansar entre pinturas dos anos 1700 e um jardim seguindo o estilo italiano.
"Demorei anos para decidir. Mas, acolher turistas, contar as histórias desse lugar e da minha família, é belíssimo. E é fundamental para manter um patrimônio tão frágil e caro", disse à ANSA.
Até mesmo por conta da alta procura, a Associação Italiana de Casas Históricas anunciou recentemente um novo fundo para restaurar prédios antigos e para promover o "Turismo Patrimonial". O próprio Airbnb fez uma doação de 1 milhão de euros para o fundo.
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