Região no norte da Itália declara guerra contra o caranguejo azul
A região do Vêneto, no norte da Itália, declarou guerra contra a invasão de caranguejo azul, que supostamente está provocando estragos para os moluscos e população local na área do Delta do Pó, foz do maior rio do país.
Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16), o governador do Vêneto, Luca Zaia, exibiu aos jornalistas dois espécimes vivos, alegando que os crustáceos "quebram tudo e causam desastres".
Ao todo, 326 toneladas da espécie invasora agressiva, originária do Atlântico ocidental, já foram coletadas na região italiana este ano, incluindo 84 toneladas em Scardovari, em Rovigo, e 29 toneladas em Pila apenas em agosto.
"A região destinou 80 mil euros para estudos iniciais", declarou Zaia, acrescentando que o governo da premiê Giorgia Meloni também anunciou "uns bons 3 milhões de euros" para combater a invasão.
O governador italiano reforçou ainda que declarou estado de emergência em 24 de julho e solicitou um alerta emergencial nacional.
Por fim, anunciou que, a partir da próxima quinta-feira (17), a agência ambiental regional Arpav e o Vêneto Agricoltura iniciarão a instalação de 300 armadilhas para monitorar a distribuição e propagação da população de caranguejo azul.
Nos últimos dias, o caranguejo azul espalhou-se por vários locais semelhantes a lagoas na Itália, atacando mariscos, ovas de peixe e outras formas de vida aquática, para desespero da indústria.
Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação revelam que a Itália é o maior produtor de mariscos da Europa e o terceiro maior do mundo, atrás da China e da Coreia do Sul.
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