Louvre reabre aos visitantes após quatro meses
O museu do Louvre em Paris, que abriga algumas das obras de artes mais famosas do mundo, reabriu nesta segunda-feira (06/07) depois de quatro meses fechado em razão da pandemia de covid-19.
Entretanto, em torno de um terço das galerias estará fechado. O número de visitantes será limitado, e os ingressos somente podem ser adquiridos através de reservas antecipadas. O uso de máscaras de proteção é obrigatório.
O Louvre, localizado no antigo palácio real da França, é o museu mais visitado em todo o mundo. O grande destaque de seu acervo é o quadro Mona Lisa, do pintor italiano Leonardo da Vinci.
O diretor do museu, Jean-Luc Martinez, calcula que o museu tenha perdido mais de 40 milhões de euros na venda de ingressos durante os quatro meses em que esteve fechado. Ele admite que o local deverá sofrer prejuízos por mais alguns anos, enquanto o mundo se adapta à vida em meio ao coronavírus.
Em torno de 70% da área do museu, o que corresponde a 45 mil metros quadrados, será aberta ao público, que terá acesso a cerca de 30 mil obras do acervo. A Mona Lisa e várias coleções de antiguidades estarão abertas para visitação, mas outras galerias onde não é possível manter o distanciamento social permanecerão fechadas.
Os visitantes não poderão tirar selfies em frente à obra-prima de Da Vinci e terão de se limitar a permanecerem nos locais marcados para observar o distanciamento em relação às outras pessoas. O trajeto em algumas das galerias será indicado com setas e é proibido aos visitantes ultrapassarem uns aos outros.
"É emocionante para todas as equipes se prepararem para essa reabertura", disse Martinez. A maior parte dos visitantes do museu é do exterior, principalmente de turistas dos Estados Unidos. Os americanos, porém, ainda estão proibidos de entrarem na Europa.
Em torno de 70% dos 9,6 milhões de visitantes que o local recebeu no ano passado era de outros países, o que, segundo Martinez, deve gerar uma perda de 80% do público habitual. "Teremos, no melhor dos casos, entre 20 e 30% menos do que no verão do ano passado, entre 4 mil e 10 mil visitantes por dia", observou.
O museu espera atrair o público francês, inclusive de Paris. Martinez que ser espelhar no sucesso de uma ramificação do Louvre em Lens, numa região mais pobre do país. Ele diz que o Louvre pode intimidar alguns setores da população e que o museu deve assegurar às pessoas que suas coleções são para a todos, com a melhora na apresentação e rotulação das obras e na curadoria.
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