Brasil cai em ranking que avalia passaportes mais aceitos do mundo
O Brasil caiu da 18ª para 19ª posição em um ranking que avalia acesso sem visto de entrada ao redor do globo. O ranking da firma jurídica britânica Henley & Partners que avalia anualmente os passaportes que mais oferecem acesso em todo o mundo coloca o do Japão no topo. O documento emitido no país asiático possibilita a entrada em 191 países ao redor do globo sem a necessidade de visto. No índice de 2019, o documento japonês era o segundo colocado.
Em segundo lugar aparece o de Singapura (acesso sem visto a 190 países), seguido da Alemanha (189), empatada na terceira colocação com a Coreia do Sul. O passaporte alemão caiu uma posição em relação a ano anterior - ele chegou a liderar o ranking em 2017.
O documento brasileiro caiu da 18ª para a 19ª colocação (170 países), empatado com os da Argentina, Emirados Árabes Unidos, Croácia e da província autônoma chinesa de Hong Kong.
O ranking divulgado ontem se baseia em dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) e avalia o nível de acesso que cada passaporte oferece e quais vistos são necessários para cada país. Em quarto lugar (188 países) aparecem a Itália, Finlândia, Espanha e Luxemburgo.
A avaliação da firma britânica não leva em consideração as restrições de viagem impostas em razão da pandemia de covid-19 a vários países entre os mais atingidos pela doença, como o Brasil e os Estados Unidos, que aparecem em 7º lugar (185 países), empatados com Reino Unido, Suíça, Bélgica e Noruega.
A crise gerada pelo coronavírus levou a União Europeia a proibir a entrada de cidadãos dos países mais afetados pela doença. Além dos brasileiros e americanos, também estão vetados os russos, indianos e cidadãos de dezenas de outros países.
O governo japonês considera que a boa avaliação reflete a imagem internacional positiva da terceira maior economia do mundo e um dos países mais seguros do globo. O país afirma que a epidemia de covid-19 em seu território está quase controlada e teve a entrada de seus cidadãos permitida pela UE desde 1º de julho.
O Japão, entretanto, não está permitindo no momento a entrada de cidadãos alemães e de outros países europeus, nem mesmo os que possuem residência permanente no país, a não ser em casos excepcionais. Entre os Estados-membros do G7, a nação asiática é a que adotou as medidas mais rígidas.
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