Viagens no interior da Espanha deverão ser liberadas a partir do dia 21
O governo da Espanha propôs ao Congresso, que deverá aprovar nos próximos dias, que a população do país seja autorizada a fazer deslocamentos entre as diferentes regiões do território a partir do próximo dia 21.
A data marca o fim do estado de emergência que vigora em solo espanhol, e a medida faz parte de um pacote de normas de higiene e prevenção à propagação do novo coronavírus, que será apreciado pelos parlamentares.
A circulação livre da população dentro da Espanha é o primeiro passo para a recuperação do turismo local. No entanto, as fronteiras externas seguirão fechadas para visitantes até o dia 1º de julho.
Após o estado de emergência, decretado pela primeira vez em 14 de março, o país entrará em estado classificado pelo governo como de "nova normalidade", que vigorará até a existência de um tratamento ou vacina contra a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, segundo o ministro da Saúde, Salvador Illa.
O pacote de medidas apresentado pelo governo ao Congresso visa evitar um novo surto, enquanto a Espanha retoma as atividades sociais e econômicas.
Ontem, o Ministério da Saúde voltou a não registrar mortes. Ao todo, foram 84 novos casos. Na conta geral, são 27.136 óbitos e 241.966 infectados ao longo da crise.
Negociações parlamentares
O Congresso espanhol deverá ratificar os planos do governo, formado pela coalização entre o Partido Socialista e o Podemos e que precisou negociar mais uma vez com pequenas forças políticas, já que não conta com a maioria entre os parlamentares.
Além disso, hoje é esperada a aprovação da nova renda mínima, que é um auxílio que será pago para famílias mais necessitadas, que varia de 461 euros (R$ 2,56 mil) e 1.051 euros (R$ 5,84 mil) por mês.
Como bases do plano de medidas que os parlamentares avaliarão, estão o uso obrigatório de máscaras em todos os lugares públicos, ao ar livre ou cobertos, onde não seja possível manter uma distância mínima de 1,5 metro de outras pessoas. O descumprimento resultará em multa de 100 euros (R$ 556).
Além disso, está prevista a detecção de casos de maneira precoce, com a realização de testes PCR, além da garantia da coordenação e dos reforços necessários, humanos e materiais, de vigilância epidemiológica, atenção hospitalar e unidades de terapia intensiva.
As instituições de acolhimento de idosos, além disso, deverão ter planos de contingência para possíveis novos surtos.
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