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Associação pede reativação de voos e aeroportos na América Latina

Medida de controle ao coronavírus no desembarque do aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro - RICARDO MORAES
Medida de controle ao coronavírus no desembarque do aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro Imagem: RICARDO MORAES

26/06/2020 09h10

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) pediu aos países da América Latina para que implementem os protocolos sanitários aprovados pela Organização da Aviação Civil Internacional (Icao) e reativem o setor na região para evitar o colapso das companhias aéreas.

Peter Cerdá, vice-presidente da Iata para as Américas, afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira que "o setor está pronto para ser reativado" em uma época em que começa o quarto mês da paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus.

Cerdá admitiu que "a América Latina é, neste momento, o epicentro da pandemia", embora tenha demonstrado confiança que, "com os protocolos da Icao, se possa voar com segurança".

A Iata, que agrupa companhias aéreas comerciais, disse esperar que o impacto da retração do setor de aviação na América Latina e no Caribe custe a essa região 4,1 milhões de empregos e uma perda de US$ 98 bilhões.

Por exemplo, na Argentina, a Iata estima que as companhias aéreas do país perderão US$ 3,28 bilhões, reduzindo suas receitas em 2020 em 65% em relação a 2019. A paralisação no setor significará a eliminação de 19,8 mil empregos diretos.

No Brasil, a receita cairá 53%, o que significa que as companhias aéreas perderão US$ 10,21 bilhões. Além disso, 81,2 mil empregos diretos serão perdidos.

Porém, para a economia brasileira como um todo, a paralisação do setor trará um prejuízo de US$ 6,25 bilhões e a perda de 299,7 mil postos de trabalho.

"A situação é extremamente delicada na América Latina", ressaltou Cerdá, que também pediu apoio econômico urgente para as companhias aéreas. De acordo com dados da Iata, o apoio financeiro oferecido pelos países da região às empresas é de apenas 1% do seu rendimento operacional em 2019, contra 25% na América do Norte, 15% na Europa e 10% na Ásia-Pacífico.