Após registrar filas em aeroportos, Chile amanhece com fronteiras fechadas
Fronteiras fechadas, aeroporto deserto e novo horário de toque de recolher mais restritivo: o Chile acordou nesta segunda-feira com novas restrições que se somam às das quarentenas e que buscam conter a segunda onda da pandemia que não dá trégua ao sistema hospitalar.
Imagens do aeroporto lotado, com longas filas para entrar no país, foram registradas ontem, último dia em que o Arturo Merino Benítez, da capital Santiago, permaneceu aberto, que a partir de hoje ficará fechado por um mês para turistas, residentes e chilenos.
O país já havia blindado as fronteiras entre março e novembro do ano passado e agora as está fechando novamente diante do agravamento da crise sanitária, que elevou a taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para 95%, o maior nível até o momento.
"O mundo inteiro vive este grave surto de coronavírus (...) No Chile fomos duramente atingidos por este re-ataque que tem o nosso sistema de saúde no limite", reconheceu em nota o presidente do país, Sebastián Piñera.
Por alguns dias, o Chile já vinha aplicando duras restrições aos viajantes, que tinham que chegar com PCR negativo e passar dez dias em confinamento, cinco deles em um hotel especial pago do próprio bolso.
O avanço do toque de recolher às 21h também começou a dominar hoje devido ao grande aumento de novos casos e da taxa de positividade, em parte incentivado pela chegada de cepas do exterior, como a brasileira e a britânica.
A segunda onda, que começou em dezembro com a chegada do verão, agravou-se em março após as férias e, agora, mais de 83% da população está em quarentena total, incluindo a capital, onde vivem mais de 7 milhões de pessoas e todas as empresas não essenciais permanecem fechadas.
Especialistas da comunidade científica apontam que essa recuperação se deve a um excesso de confiança por parte do governo, que suspendeu as restrições durante o verão, confiando no bom andamento do processo de vacinação, um dos mais rápidos do mundo.
O Chile já inoculou uma dose em quase 7 milhões de pessoas, o que representa 45% de sua população e o coloca como o terceiro país do mundo com maior percentual de população vacinada.
"Nunca subestimamos a pandemia (...) Cometemos erros, mas tentamos corrigi-los", disse o presidente.
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