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Chile prorroga fechamento de fronteiras até 30 de junho

Passageiros no aeroporto de Santiago, no Chile - Getty Images
Passageiros no aeroporto de Santiago, no Chile
Imagem: Getty Images

08/06/2021 09h46

O Chile anunciou nesta segunda-feira que o fechamento de fronteiras, decretado em abril, foi prorrogado até 30 de junho para tentar frear a pandemia de covid-19, que mantém os hospitais no limite e boa parte da população em quarentena, apesar da alta taxa de vacinação no país.

O fechamento de fronteiras afeta os turistas que entram no país e também os cidadãos e residentes, que só podem viajar em casos excepcionais, como emergências de saúde ou razões humanitárias.

A medida vigora desde 1º de abril, quando a segunda onda começou, após as férias de verão, e só pode ser decretada durante o estado de exceção constitucional, que expira em 30 de junho e ainda poderá ser renovado.

O estado de exceção constitucional, que o governo pretende renovar por mais três meses, também permite o estabelecimento de quarentenas e toques de recolher, que atualmente vale de 22h às 5h.

Enrique Paris, o ministro da Saúde chileno, reconheceu em entrevista coletiva sua "preocupação" com a disseminação mundial da variante Delta do novo coronavírus, identificada na Índia, que é 50% mais transmissível que a Alfa, vista pela primeira vez no Reino Unido, segundo um estudo do governo indiano divulgado nesta segunda-feira.

"Nos últimos dias, observamos um grande aumento de mortes (no mundo) e não vamos negar, isto também ocorreu no Chile. É um fenômeno mundial e afeta profundamente a América Latina", comentou Paris.

O Chile superou nesta segunda-feira a marca de 30 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia, totalizando 30.058 entre 1,43 milhão de contágios. Nas últimas 24 horas, foram 121 óbitos e 6.958 novos casos.

"Fizemos tudo o que foi humanamente possível para controlar a pandemia", admitiu o ministro, que voltou a pedir para que a população se vacine, pois 75% dos casos confirmados não tinham concluído o calendário de vacinação.

"Temos 900 mil pessoas atrasadas, que deveriam ter sido vacinadas e não foram. A maioria das pessoas nas unidades de terapia intensiva (UTI) e que estão morrendo não estão vacinadas", acrescentou.