Chile proíbe entrada de estrangeiros de sete países africanos
As autoridades sanitárias do Chile anunciaram nesta segunda-feira que proibirão os viajantes de sete países do sul da África de entrar no país, como precaução contra a propagação da variante ômicron do coronavírus causador da covid-19.
Os afetados pela restrição serão todos os estrangeiros não residentes que tenham estado na África do Sul, Zimbábue, Namíbia, Botsuana, Lesoto, Essuatíni e Moçambique nos 14 dias anteriores à viagem ao Chile.
Também foi descartada a abertura das fronteiras terrestres, prevista para 1º de dezembro, segundo Alberto Dougnac, subsecretário de Redes Assistenciais.
Se tiverem completado o ciclo vacinal, os demais estrangeiros poderão entrar através dos quatro aeroportos que foram abertos em outubro, localizados em Santiago e nas cidades de Iquique e Antofagasta (norte) e Punta Arenas (extremo sul).
A variante ômicron, detectada pela primeira vez na África do Sul, já se espalhou por quase 50 países e foi classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estimular dose de reforço
A pandemia, que em abril levou ao fechamento das fronteiras durante seis meses devido a um pico grave, está sob controle desde agosto no Chile, com leves picos que não fizeram disparar os sinais de alarme.
Mais de 91% da população já completou o ciclo vacinal, a maioria com a vacina chinesa do laboratório Sinovac, conhecida no Brasil como CoronaVac, e mais de 7 milhões dos 19 milhões de habitantes receberam a dose de reforço.
A partir de 1º de janeiro, será também necessário ter recebido esta dose adicional para o ciclo vacinal ser considerado completo e para ser elegível para um "passe de mobilidade", um cartão emitido pelo governo que estende o direito de participar de certos eventos e aumenta a capacidade.
Na semana que vem, o Chile também começará a imunizar crianças a partir dos três anos de idade com a vacina da Sinovac, sendo um dos primeiros países da América Latina a vacinar este grupo etário. O Chile soma mais de 1,76 milhão de casos e 38.343 mortes por covid-19 desde o início da pandemia.
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