Ayo Moda Casa resgata cores e ancestralidade africanas na decoração
Amarelo, verde e vermelho vibram em estampas de almofadas, luminárias e mantas da Ayo Moda Casa - lê-se "ayô", que significa alegria em iorubá. "Ayo, se você vira ao contrário, vira Oyá [ou Iansã], que é um orixá que determina o que sou, que é minha vida", explica Monique.
Identidade e inovação
A sementinha para esse projeto foi plantada em 2013, quando a carioca viajou para Paris e conheceu um dos maiores bairros africanos da cidade, o Château Rouge.
Lá, ficou encantada com a quantidade e variedade de wax prints (tecidos típicos de vários países da África). Levou duas, que só foram usadas em 2017, nas roupas e na decoração de seu casamento, quando ganhou outro tecido africano de presente, o bazin - matéria-prima para uma cortina do quarto do casal.
Sobre o wax print, base de construção da marca e presente em todos os artigos, Monique afirma que "ele reafirma uma história que foi interrompida e desconectada da nossa sociedade". E completa: "dentro da decoração, além de ser algo inovador no cenário brasileiro, resgata essa essência de casa africana".
"Meu objetivo sempre foi que o tecido tenha esse poder de representatividade negra na sociedade brasileira. Ninguém tinha um nome que se podia dizer: 'Ele é do Togo, ele é do Senegal, ele é do Benin'. A população negra, a minoria que milita, está em busca desse elo perdido", diz.
A coleção mais recente, Namib, tem como referência cores, cultura e costumes namibianos, como o próprio nome entrega. A próxima vai falar sobre o Mali: tradição, terra, vida e princípios básicos da essência humana. "As inspirações vêm desse essencialismo humano, precisa ter elementos que trazem sensação de natureza, conforto e afeto."
Hoje, a França, onde mora, representa 60% das vendas. Porém, a ideia é crescer nas vendas online, futuramente em lojas na Europa e nos Estados Unidos, pensando em locais com populações afro centradas.
A terra-natal, claro, não fica de fora das ambições de crescimento: "O poder aquisitivo é maior do que da população negra no Brasil. A gente ainda tem história para contar e um cenário amplo para explorar."
@s que inspiram Monique Santos
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