Cores fortes em casa: 8 dicas para fazer bonito, sem errar a mão
Alegria, vivacidade, bom humor, jovialidade, diversão. São tantas características positivas que podem ser associadas às cores fortes que a vontade é adotá-las por toda a casa, na expectativa que reflitam no astral dos moradores.
Só que fazer isso sem nenhuma moderação pode resultar em ambientes de gosto questionável. Empregar tonalidades vivas e intensas na decoração é ótimo, mas pede alguns cuidados para que o ambiente seja visualmente bonito, sem agredir os olhos.
A seguir, listamos 8 dicas para você se aventurar na cartela cromática vibrante e deixar a casa muito mais divertida:
1. Respeite o gosto pessoal
A arquiteta Cris Nunes avisa: não adianta querer usar a cor da moda só para fazer bonito. Segundo ela, ao pensar em intervenções cromáticas com tons intensos, o segredo é respeitar o gosto dos moradores. "É importante escolher as cores que eles gostem e, aí sim, usá-las em praticamente todos os ambientes. Não há regras, nem estamos falando de uma receita de bolo, mas convém combinar as cores antes, para que elas conversem entre si e resultem em um ambiente agradável", complementa a arquiteta Pati Cillo.
2. Planeje para evitar erros
Ou seja, não é porque você gosta desta e daquela cor que deve sair adotando-as na casa inteira, sem qualquer planejamento. Investir em interferências cromáticas intensas requer um estudo prévio, porque as tonalidades precisam "conversar". "Elas têm que se comunicar. Por isso, um projeto de arquitetura é importante, pois prevê erros que podem ser ocasionados sem determinado estudo", alerta a arquiteta Mara liz Ferrentini, da Zina Arquitetura.
3. Equilibre com tons mais sóbrios e frios
Regra básica para não errar no uso de cores fortes é brincar com uma cartela mais sóbria e fria. "Esse equilíbrio é bem bacana. Vale apostar em tons mais fechados e em materiais sóbrios, como o cimento queimado", ensina Pati Cillo. A madeira também cumpre bem a função.
O segredo para não deixar a decoração over é equilibrar as nuances. "Se pintar um elemento forte, vale apostar numa base mais clara ou sóbria", diz a arquiteta. O cinza pode ser a melhor opção para garantir o equilíbrio. "Ao contrário do que muita gente pensa, há situações em que o branco pode destacar demais a outra cor", comenta a arquiteta Cristiane Schiavoni.
Já a arquiteta e designer Elaine Gonzalez, à frente da UMM Arquitetura de Interiores, acrescenta que os fundos homogêneos claros realçam e alegram o ambiente. Enquanto isso, se a opção for pelo escuro, cria-se uma sensação mais cênica no imóvel.
4. Avalie previamente o "todo"
"Hoje em dia, a grande tendência da decoração é não ter a preocupação de combinar. Algumas cores são mais desafiadoras, mas é só ter um pouco mais de cautela", opina a arquiteta Pati Cillo. Nessas horas, o ideal é pensar no cômodo integralmente, considerando todos os elementos. "A almofada está em um contexto do ambiente e não deve ser analisada separadamente, por exemplo. Tem que ter essa consciência de avaliar o conjunto", ressalta a especialista.
5. Não esqueça a "função" dos ambientes
Todos os cômodos podem, sim, receber pinceladas coloridas. "Mas isso sempre depende de quem vai usá-lo e de qual é a função desse ambiente", salienta Cristiane Schiavoni. Um escritório em casa, por exemplo, pede concentração e, consequentemente, cores mais tranquilas. Se o local é para relaxar, como quarto, o uso de tons vibrantes deve ser bem pensado para não atrapalhar o descanso. "Além disso, as cores precisam trazer boas sensações para o usuário do ambiente, boas referências e lembranças. Isso é essencial!", frisa a arquiteta.
6. No quarto, evite o campo de visão
O dormitório, aliás, costuma ser o ambiente com mais economia nas cores intensas, já que é reservado para o relaxamento e não deve ter muito apelo visual. Uma boa alternativa, adotada pela arquiteta Cristiane Schiavoni quando quer trabalhar uma cor mais viva nos quartos, é aplicá-la em posição que os moradores não enxerguem quando deitados para dormir. "Usar na parede por trás da cabeceira é uma opção. Quando a pessoa está deitada, não vê a cor forte", detalha. Aí, basta explorar o resto do ambiente com cores mais relaxantes.
7. Estude o efeito psicológico das cores
Segundo Cris Nunes, faz toda a diferença entender a importância das cores e o poder psicológico delas sobre as emoções, antes de definir um projeto. É que isso pode afetar diretamente as atitudes, o estado de espírito e os sentimentos dos moradores.
"O laranja, como resultado da combinação do amarelo e vermelho, dispõe a ideia de intensidade, criatividade, euforia e entusiasmo, e é muito empregado em ambientes criativos, como escritórios, estúdios e escolas. Mas se utilizado junto com o azul, transmite a ideia de impulsividade junto à confiança, sendo adotado por agências bancárias ou sedes de empresas", exemplifica.
8. Comece devagar, com peças decorativas
Se você gosta dos ambientes com cores vibrantes, mas ainda assim tem medo de não se acostumar com os tons intensos no dia a dia, a dica da arquiteta e designer Elaine Gonzalez é fazer pequenas intervenções no cenário. "Primeiramente, aposte no colorido em almofadas e acessórios decorativos. Ao se acostumar, o próximo passo é se arriscar um pouco mais e entrar com cores nas paredes e até no mobiliário", sugere.
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