Famosa espuma do Moscow Mule não é só no bar. Aprenda a fazer em casa
De russo, o Moscow Mule só tem o nome e a vodca. Embora existam várias versões sobre a origem do drinque (há quem diga que ele foi inventado em Nova York).
A mais confiável é que ele foi criado em 1941 em Los Angeles, em um bar que já não existe mais, o Cock 'n' Bull, para promover uma marca de vodca até então pouco conhecida pelos norte-americanos, uma tal de Smirnoff.
No fim dos anos 1930, o executivo John G. Martin tinha comprado a destilaria da marca nos EUA, enquanto Jack Morgan, dono do Cock 'n' Bull, havia começado a produzir sua marca de ginger beer, um refrigerante de gengibre bastante popular no país. Os dois, porém, estavam com dificuldades para emplacar as bebidas.
Ao mesmo tempo, Sophie Berezinski, uma imigrante russa, estava ralando para vender as canecas de cobre fabricadas por seu pai. Reza a lenda que os três se encontraram em uma tarde e dali saiu a versão original do Moscow Mule, com apenas ginger beer, vodca, suco de limão e gelo. Com o sucesso, os três partiram para o abraço e o resto é história.
Banho de espuma
Corta para o começo dos anos 2010, Brasil. Até então, pouca gente havia bebido o drinque "da canequinha". Por um motivo bastante simples: não tinha quem fabricasse ginger beer por aqui. Foi quando o barman Marcelo Serrano bolou um jeito de fazer o coquetel: no lugar do refrigerante, ele fez uma espuma com sabor de gengibre.
"Na época, estava rolando a febre da gastronomia molecular (vertente que usa equipamentos modernos para produzir receitas inusitadas). Pesquisando, vi o pessoal lá de fora fazendo espuma para drinques com sifão de chantili. Aí pensei: 'Pô, vou testar uma espuma de gengibre. E deu certo'", conta Serrano. A espuma, explica o bartender, se mistura com a bebida e dá o sabor que faltava.
Mas, para ele, o que fez o Moscow Mule decolar de vez no Brasil foram as redes sociais. "O coquetel tem uma apresentação inusitada, a canequinha, a espuma. E a galera começou a postar muito (o coquetel) no Instagram", lembra Serrano, que hoje comanda o bar e restaurante Venuto, no Jardim Paulista.
Maracujá e melancia
De fato, não demorou para que as curtidas nas redes sociais fizessem com que a bebida caísse nas graças do público e outros lugares incluíssem o coquetel em seus cardápios, incluindo a espuma de gengibre, que virou uma marca do Moscow Mule no país.
Tem até bar especializado em Moscow Mule, no caso, o Mule Mule Muleria, na Vila Madalena, que serve versões criativas, feitas com saquê e gim e espumas de maracujá e melancia.
O drinque ficou tão famoso que hoje dá para comprar versões prontas da espuma (elas vêm em latas como as de chantili), e sachês com uma pré-mistura: colocar gelo, vodca e água com gás em uma caneca, juntar o conteúdo do sachê e pronto.
Espuminha no conforto do lar
Mas não precisa disso tudo para preparar o drinque. A espuminha não vai ficar igual a dos bares, que deixam tudo pronto em um sifão e só decoram a caneca na hora de servir. "É muito mais prático quando a gente tem que atender muitos clientes", explica Vagner Lima, do Mule Mule Muleria.
"Em casa, dá para fazer de um jeito mais simples. Na coqueteleira, você coloca duas claras de ovo, 50 ml de suco de limão e 100 ml de xarope de gengibre e bate bem", ensina o bartender. "Também fica muito bacana", garante. Depois, é só tomar colocar a espuma por cima da caneca e garantir seu bigodinho de Moscow Mule".
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